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ANSR justifica atrasos com problemas de transmissão de dados

O presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) justificou hoje os atrasos na publicação de estatísticas sobre os acidentes em Portugal com problemas na transmissão de dados.

ANSR justifica atrasos com problemas de transmissão de dados
Notícias ao Minuto

19:28 - 03/01/23 por Lusa

País Segurança Rodoviária

"A recolha de dados é um processo em cadeia, a ANSR tem por missão coletar os dados a nível nacional que provém das forças de segurança e a transmissão de dados das forças de segurança tem tido alguns problemas", disse aos jornalistas Rui Ribeiro, quando questionado sobre a ausência de relatórios com os dados da sinistralidade rodoviária em Portugal.

Este ano, a ANSR apenas publicou em abril e julho relatórios sobre a sinistralidade, enquanto os últimos números sobre os mortos nas estradas a 30 dias, ou seja, os feridos graves que morrem no hospital 30 dias depois do acidente, datam de 2018.

O presidente da ANSR precisou que há uma consolidação de dados que é preciso ser feita "e na realidade isso provoca alguns atrasos", estando atualmente a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária a trabalhar na informatização de todo o sistema de transmissão de dados.

"A consolidação de dados é fundamental. É necessário informatizar todo o sistema de transmissão de dados e é nisso que temos estado a trabalhar. Temos estado a trabalhar muito afincadamente com as forças de segurança, estamos num processo de afinar as metodologias de comunicação para que brevemente a comunicação seja instantânea entre as forças de segurança e a ANSR e, nessa altura, os dados ficam disponíveis rapidamente", sublinhou.

Rui Ribeiro esclareceu que a culpa no atraso de divulgação de dados da sinistralidade não é das forças de segurança, mas sim de "todo um processo", que é preciso consolidar para que os dados sejam o mais realistas possível.

O presidente da Segurança Rodoviária falava aos jornalistas após a sessão onde foi feito um balanço da campanha de Natal e Ano Novo da ANSR, entre 19 de dezembro e 02 de janeiro, que ficou marcada por mais acidentes e mais mortos nas estradas em relação ao mesmo período do ano passado.

Sobre os totais de 2022, apenas se sabe, segundo a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, que os números provisórios indicam que morreram nas estradas 459 pessoas.

Patrícia Gaspar também foi questionada sobre a ausência de relatórios da ANSR, tendo respondido aos jornalistas que "estão a ser trabalhados" e "a ANSR tem feito um esforço para que a publicação desses dados voltem à regularidade que era normal".

"São muitos dados, muita informação para ser processada e ela tem de ser muito bem processada para que se transmita a ideia correta", disse, sublinhado que os dados sobre os mortos 30 dias após o acidente estão também a ser trabalhados para se recuperar a sua periodicidade e que envolvem a ANSR, as forças de segurança e as unidades de saúde.

A secretária de Estado disse ainda que não houve qualquer alteração a nível da divulgação junto da União Europeia e que os dados são todos partilhados com os parceiros.

Leia Também: Contabilizadas 460 vítimas mortais nas estradas desde inicio do ano

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