ANSR justifica atrasos com problemas de transmissão de dados
O presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) justificou hoje os atrasos na publicação de estatísticas sobre os acidentes em Portugal com problemas na transmissão de dados.
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País Segurança Rodoviária
"A recolha de dados é um processo em cadeia, a ANSR tem por missão coletar os dados a nível nacional que provém das forças de segurança e a transmissão de dados das forças de segurança tem tido alguns problemas", disse aos jornalistas Rui Ribeiro, quando questionado sobre a ausência de relatórios com os dados da sinistralidade rodoviária em Portugal.
Este ano, a ANSR apenas publicou em abril e julho relatórios sobre a sinistralidade, enquanto os últimos números sobre os mortos nas estradas a 30 dias, ou seja, os feridos graves que morrem no hospital 30 dias depois do acidente, datam de 2018.
O presidente da ANSR precisou que há uma consolidação de dados que é preciso ser feita "e na realidade isso provoca alguns atrasos", estando atualmente a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária a trabalhar na informatização de todo o sistema de transmissão de dados.
"A consolidação de dados é fundamental. É necessário informatizar todo o sistema de transmissão de dados e é nisso que temos estado a trabalhar. Temos estado a trabalhar muito afincadamente com as forças de segurança, estamos num processo de afinar as metodologias de comunicação para que brevemente a comunicação seja instantânea entre as forças de segurança e a ANSR e, nessa altura, os dados ficam disponíveis rapidamente", sublinhou.
Rui Ribeiro esclareceu que a culpa no atraso de divulgação de dados da sinistralidade não é das forças de segurança, mas sim de "todo um processo", que é preciso consolidar para que os dados sejam o mais realistas possível.
O presidente da Segurança Rodoviária falava aos jornalistas após a sessão onde foi feito um balanço da campanha de Natal e Ano Novo da ANSR, entre 19 de dezembro e 02 de janeiro, que ficou marcada por mais acidentes e mais mortos nas estradas em relação ao mesmo período do ano passado.
Sobre os totais de 2022, apenas se sabe, segundo a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, que os números provisórios indicam que morreram nas estradas 459 pessoas.
Patrícia Gaspar também foi questionada sobre a ausência de relatórios da ANSR, tendo respondido aos jornalistas que "estão a ser trabalhados" e "a ANSR tem feito um esforço para que a publicação desses dados voltem à regularidade que era normal".
"São muitos dados, muita informação para ser processada e ela tem de ser muito bem processada para que se transmita a ideia correta", disse, sublinhado que os dados sobre os mortos 30 dias após o acidente estão também a ser trabalhados para se recuperar a sua periodicidade e que envolvem a ANSR, as forças de segurança e as unidades de saúde.
A secretária de Estado disse ainda que não houve qualquer alteração a nível da divulgação junto da União Europeia e que os dados são todos partilhados com os parceiros.
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