Turismo de Portugal defende mudanças ao nível da paridade de género
O presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, afirmou hoje que é preciso haver mudanças ao nível da paridade de género, num setor que tem mais de 60% da sua força de trabalho no sexo feminino.
© Leonardo Negrão/Global Imagens
Economia Luís Araújo
"Não é possível que um setor que tem mais de 60% da sua força de trabalho representado no sexo feminino, não estar representado nos altos cargos institucionais, associativos e empresariais que existem no país. Esta mudança tem que acontecer", afirmou o presidente do Turismo de Portugal, na Sertã, durante a abertura do 1.º Encontro de Turismo em Espaço Rural, que decorre até sábado.
Luís Araújo salientou que 2022 foi "o melhor ano de sempre" ao nível das receitas para o turismo nacional, que ficaram acima de 2019.
"Tivemos uma atuação absolutamente extraordinária e isso é também o trabalho de longos anos. É preciso olhar para o futuro. E, aquilo que vamos discutir aqui é esse bom futuro e como chegamos lá. Mas, temos que mudar para melhor", afirmou.
"Após dois anos difíceis [pandemia da covid-19], 2022 foi o melhor ano de sempre, a nível de receitas para o país. Ficámos 15% acima de 2019. Obviamente isto é fruto de muitos e de muitas que aqui estão hoje e de muitos e de muitas que estão espalhados pelo território nacional", frisou.
Luís Araújo deixou alguns apontamentos e "apontar de dedos" para quem trabalha no setor do turismo, bem como algumas orientações focadas, sobretudo, naquilo que é a responsabilidade de cada um.
"A sustentabilidade, mais do que uma resposta de tendência ao consumo é uma responsabilidade individual que começa nos organismos públicos, mas que passa muito por aquilo que cada um faz nas suas empresas", disse.
Segundo este responsável, a sustentabilidade não é só ambiental. Passa também pela proteção das pessoas.
"Não há sustentabilidade se não pensarmos nas pessoas que vivem nas regiões. Não há sustentabilidade se não houver esse foco. Aqui também temos que fazer um trabalho de transformação", salientou.
Luís Araújo disse ainda que é preciso ter um conhecimento melhor "de quem são" os clientes e mercados de Portugal.
A inovação com foco na tradição e sem prejudicar a autenticidade dos territórios e os produtos diferenciadores são também fundamentais para o setor.
"Temos transformado muito a nossa promoção. Chegamos a mais de 170 milhões de pessoas em todo o mundo. Mas aquilo que levamos é muito mais do que uma região ou localidade. É um estado de espírito e um propósito forte que sempre defendemos para o turismo em Portugal: Receber bem e respeitar as diferenças. Graças a isto conseguimos atrair os 27 milhões de hóspedes anuais", concluiu.
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