PJ detém funcionário bancário que daria informações a branqueadores
Foi-lhe aplicada suspensão do exercício de profissão e proibição de contactos.
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País Operação
A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem, de 43 anos, suspeito da prática dos crimes de corrupção passiva no setor privado, branqueamento, burla qualificada, falsificação de documento e violação de segredo.
O homem, conta a PJ em comunicado, é subgerente de uma instituição bancária nacional e é acusado de fornecer "informações de natureza bancária a elementos de uma rede transnacional que se dedica ao branqueamento de capitais desde, pelo menos, o ano de 2019, recebendo como contrapartida elevadas quantias monetárias".
"O 'modus operandi' dessa rede criminosa assentava na constituição de empresas de fachada, na Bélgica e em Portugal, constituídas com recurso aos comummente designados 'testas-de-ferro' e à subsequente abertura de contas bancárias", explica a PJ, revelando que "as empresas assim constituídas, maioritariamente associadas à área da construção civil, não desenvolviam qualquer atividade real, sendo exclusivamente utilizadas para a emissão de faturação falsa".
Faturação esta que "sustentaria as transferências bancárias recebidas, as quais ascenderam a um valor superior a 20 milhões de euros".
O detido "procedia à abertura de contas bancárias para cidadãos estrangeiros, não residentes, com a utilização de documentação falsa, através das quais solicitava créditos bancários". Os créditos, depois, "apenas eram pagos nos primeiros meses, sendo o remanescente dividido entre o detido e outros elementos desta rede criminosa".
Uma vez apresentado a primeiro interrogatório judicial, foram aplicadas as medidas de coação de suspensão do exercício de profissão e de proibição de contactos.
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