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"Como é que há tantas sanções contra a Rússia e nada contra Netanyahu?"

Miguel Sousa Tavares comparou o conflito no Médio Orienta à invasão da Rússia à Ucrânia.

"Como é que há tantas sanções contra a Rússia e nada contra Netanyahu?"

Miguel Sousa Tavares afirmou, na quinta-feira, que, no que diz respeito ao conflito no Médio Oriente, que "estamos a ver Israel a conduzir uma guerra muito mais mortífera, uma carnificina autêntica", e, comparando à invasão da Rússia à Ucrânia, "ninguém os sanciona".

"Por muito menos que isto, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, dois dias depois estava a sofrer sanções económicas. Estamos a ver Israel a conduzir uma guerra muito mais mortífera, uma carnificina autêntica e ninguém os sanciona. Não há sanções nenhumas contra Israel", afirmou Miguel Sousa Tavares, em declarações na CNN Portugal.

E questionou: "Porque é que a Europa não faz nada?". "Ok, Israel sofreu o ataque de 7 de outubro, que é uma coisa inominável que não pode ser esquecida mas a Europa tem de ter uma posição, isto passa-se aqui na nossa fronteira", frisou o antigo jornalista.

Na ótica de Miguel Sousa Tavares, é necessário um papel mais ativo por parte da Europa face ao conflito que acontece no Médio Oriente em 2024. "Nós somos o continente dos direitos humanos, como é que há tantas sanções contra a Rússia, declarar Putin um criminoso, alvo de um mandato de captura internacional e não há nada contra o Netanyahu? Não há nada contra aquele ministro da Defesa de Israel?", questionou ainda.

De recordar que Israel declarou guerra ao Hamas depois de o grupo islamita palestiniano ter lançado um ataque sem precedentes em solo israelita, em 07 de outubro, a partir da Faixa de Gaza.

O ataque causou cerca de 1.200 mortos e os comandos do Hamas fizeram ainda 240 reféns que levaram para a Faixa de Gaza, segundo as autoridades israelitas.

Desde então, Israel tem atacado Gaza por ar, terra e mar, numa operação para aniquilar o Hamas que causou até agora mais de 21.000 mortos, segundo o grupo islamita.

Leia Também: Hezbollah reivindica seis novos ataques contra alvos militares israelitas

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