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Lagarta-do-pinheiro? Saiba quais os sintomas das alergias e como tratar

O efeito tóxico do contacto com a lagarta-do-pinheiro causa inchaço, irritação e, por vezes, dificuldades respiratórias. Saiba o que fazer em caso de reação alérgica.

Lagarta-do-pinheiro? Saiba quais os sintomas das alergias e como tratar
Notícias ao Minuto

22:47 - 24/01/24 por Notícias ao Minuto

País DECO

Depois de a Câmara ;Municipal de Lisboa alertar para as reações alérgicas devido ao facto de a lagarta-do-pinheiro se encontrar, até ao final de fevereiro, em fase de procissão, a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) elaborou um esclarecimento sobre o tema, nomeadamente sobre quem está em risco e os sintomas e formas de tratamento.

O que é a lagarta-do-pinheiro?

A DECO explica que a lagarta-do-pinheiro, que também é conhecida como processionária, é um inseto desfolhador dos pinheiros e cedros em Portugal.

O nome "deriva do facto de se deslocar em fila, formando longas procissões de lagartas quando passam das árvores para o solo, para se enterrarem e crisalidar (passar de lagarta a borboleta)". O ciclo de vida da lagarta do pinheiro tem duas fases - "a fase adulta, que é aérea, formada pelos ovos e lagartas e a fase de pupa, que é subterrânea".

"Dependendo de vários fatores, como as condições climáticas, é geralmente entre janeiro e abril que as lagartas descem dos pinheiros. Nesta deslocação, vão libertando pelos urticantes que, em contacto com a pele, mucosas e olhos são responsáveis por alergias em pessoas e animais", explica a associação.

Segundo a DECO, nos últimos anos, "tem-se verificado um aumento desta praga, sobretudo devido às condições climáticas" e, em ambiente urbano, exige "vigilância constante e um combate urgente e atempado para evitar riscos para a saúde pública".

A presença da lagarta-do-pinheiro "é fácil de ver nas árvores". Entre julho e novembro, "observam-se tufos de agulhas avermelhadas, ligadas por fios sedosos, nos ramos expostos ao sol". Além disso, "os ninhos grandes, em forma de bolsões, constituídos por fios brancos e sedosos, na ponta dos ramos expostos ao sol, aparecem a partir do outono".

O que fazer se as encontrar em áreas urbanas?

Caso as encontre no espaço público das áreas urbanas, "afaste-se e entre em contacto as autoridades, como a Proteção Civil, a câmara municipal da localidade ou os serviços regionais do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF)", aconselha a DECO. A solução para combater a praga da lagarta-do-pinheiro "passa por medidas de controlo do inseto e nunca por abater as árvores infestadas".

Os sintomas da reação alérgica

A associação explica que o contacto "com os pelos urticantes da lagarta" pode originar uma reação alérgica. Esta, "varia consoante a sensibilidade da pessoa e a intensidade da exposição aos pelos".

Pode sofrer irritações cutâneas, "em que há irritação cutânea com comichão, ardor, pele vermelha e inchaço". As lesões cutâneas "têm características maculopapulares (manchas bem circunscritas) e podem ser acompanhadas de vesículas".

Também pode ocorrer irritação ocular, que "é muito semelhante a uma conjuntivite, com os olhos avermelhados, comichão e inchaço". 

Além disso, a inalação dos pelos "pode desencadear tosse e dificuldades respiratórias de gravidade variável".
 
Os sintomas podem surgir "alguns minutos ou horas depois do contacto e persistir por várias horas ou dias".

Como tratar

A DECO nota que o tratamento depende da intensidade dos sintomas, mas pode "lavar a pele ou os olhos com água corrente", "remover pelos urticantes que possam ter ficado na pele (pode usar um adesivo, por exemplo)", "mudar de roupa e lavá-la a altas temperaturas (iguais ou superiores a 60ºC)", "aplicar, no local da reação alérgica, uma pomada à base de corticoides" ou "tomar um anti-histamínico".

No caso de contacto por via ocular, "recomenda-se a observação por um oftalmologista". Se a reação alérgica for mais intensa, "deve dirigir-se ao serviço de urgência de um hospital para observação".  Se necessário, ligue 112.  Pode também contactar o Centro de Informação Antivenenos (CIAV) – 800 250 250. 

Tendo em conta que as pessoas não são as únicas a sofrer com estas lagartas e que os animais também são sensíveis ao contacto com as mesmas, lembre-se que deve recorrer "a um médico veterinário, sobretudo no caso de cães e gatos", aconselha a Associação.

Leia Também: Lagarta do pinheiro em "fase de procissão". Eis os cuidados a ter

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