Arquitetos e paisagistas querem criar ordem profissional conjunta
A Ordem dos Arquitetos (OA) e a Associação Portuguesa dos Arquitetos Paisagistas (APAP) vão colaborar para, "num futuro próximo", proporem à Assembleia da República a criação de uma ordem profissional conjunta, foi hoje anunciado.
© iStock
País Arquitetura
Em comunicado, as duas organizações anunciam a assinatura de um protocolo de colaboração na quinta-feira.
"Desejando a OA reabrir o processo do seu Estatuto, melhorando aspetos organizacionais e de salvaguarda da qualidade da arquitetura e do urbanismo, e pretendendo a APAP valorizar e definir de forma clara o âmbito dos atos do arquiteto paisagista -- ambas na defesa estrita do interesse público -- tornou-se fundamental a elaboração e subscrição de um documento agregador", explicam.
O protocolo introduz uma colaboração mais próxima entre as duas entidades nos serviços e processos de encomenda e concursos de projeto, solicitados pela administração pública ou por privados, complementando competências profissionais e defendendo o interesse público, explicam.
As duas entidades acordam também desenvolver eventos e formações conjuntas que contribuam para a qualificação profissional e a prestação de serviços dos seus membros e associados, assim como promover programas, projetos e ações tendo em vista um planeamento e desenho urbano mais "verde e azul".
"É fundamental, hoje mais do que nunca, que os arquitetos sejam promotores de uma atividade colaborativa e multidisciplinar. A presença próxima dos arquitetos paisagistas, do seu conhecimento e da sua prática, traz enormes benefícios para o interesse público, nomeadamente num contexto em que um desenho urbano e paisagístico muito qualificado é imprescindível", defendem.
Esta ligação é decisiva para responder aos desafios e beneficiar tanto a APAP como a OA, destaca o Presidente da OA, Avelino Oliveira, citado no comunicado.
"Perante os desafios globais que hoje se apresentam, mais do que nunca é essencial trazer a paisagem e as suas componentes para o ordenamento do território e para um novo desenho das cidades, capaz de um olhar sobre a relação complexa do homem e de todos os seres vivos em equilíbrio com os fatores físicos do meio e que hoje é a pedra de toque da luta contra a perda da biodiversidade, e das doutrinas da neutralidade climática e da gestão racional dos recursos", afirma o presidente da APAP, João Ceregeiro, no documento.
Leia Também: Arquiteto japonês Riken Yamamoto vence prémio Pritzker 2024
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com