Missão da NATO no Báltico é "determinação coletiva" em dissuadir Rússia
O chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas disse hoje que a missão na NATO no Báltico, à qual se vai juntar uma força nacional destacada, é "sinal da determinação coletiva" da Aliança em dissuadir a Rússia de agressões.
© Lusa
País Exército
"A respetiva missão Baltic Air Policing tem preponderante sentido persuasor, sinal da determinação coletiva da Aliança em dissuadir a Federação Russa de eventuais agressões ou ameaças contra países da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte, na sigla em inglês]", afirmou o general José Nunes da Fonseca, na cerimónia de partida da força nacional destacada, na Base Aérea n.º 5, em Monte Real, concelho de Leiria.
A decorrer entre 01 de abril e 31 de julho, esta missão envolve a participação de até 95 militares da Força Aérea e quatro aeronaves F-16M, que vão operar a partir da Base Aérea de Siauliai, na Lituânia, rendendo a França, país que atualmente tem esta missão.
O general explicou que este "será o 7.º destacamento de aeronaves F-16 que Portugal emprega na região, com presença iniciada em 2007".
"A missão desenvolve-se na zona de implementação norte das Enhanced Air Policing, sendo nesta área de operações que Portugal tem participado, repetidamente, com aeronaves da Força Aérea, num claro reforço das capacidades de policiamento aéreo dos países desta região do Báltico", referiu.
Sobre a missão, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas esclareceu que "os militares portugueses irão executar tarefas importantes e essenciais, conforme compromisso de Portugal para a defesa coletiva da NATO".
"Assim, garante-se o alerta de defesa aérea e o policiamento aéreo 24 horas por dia, sete dias por semana, num elevado estado de prontidão, superando o risco e o elevado grau de complexidade, que estarão sempre presentes", prosseguiu.
A força nacional vai também cumprir "tarefas de treino, para manter as qualificações do pessoal destacado, assim como para exercitar a interoperabilidade com outros países aliados presentes na região", adiantou.
"As horas de voo já acumuladas nestas aeronaves F16 atestam a prontidão e a capacidade dos nossos militares", sublinhou o general José Nunes da Fonseca, assinalando que "parte destas horas foi concretizada no espaço aéreo em questão, totalizando já cerca de 2.000 em tarefas reais de policiamento aéreo e, em algumas, com interceção de aeronaves da Federação Russa".
A este propósito, observou que se pode "antever a amplitude e o grau de exigência da missão a cumprir".
Aos militares, o general referiu que o "aprontamento, rigoroso e atempado, assim como as horas de voo acumuladas, traduzem a grande tecnicidade que vos identifica, assente em disciplina, disponibilidade, coesão, concentração, segurança de procedimentos e proficiência".
"Será escusado realçar que estais equipados com uma das mais avançadas aeronaves de que as Forças Armadas atualmente dispõem", declarou o general José Nunes da Fonseca.
O chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas salientou que poderão "aprontar e operar este sistema de armas com segurança, firmeza e cabal destreza, nas mais variadas circunstâncias", acrescentando que "um bom desempenho técnico-tático, para além dos fatores humanos, depende também de adequados recursos materiais".
O general formulou ainda aos militares "votos de boa sorte, na certeza de distintas prestações e irrepreensíveis posturas".
Já o comandante da força nacional destacada, tenente-coronel José Dias, afirmou aos jornalistas que se parte para esta missão com "sentido da responsabilidade" da sua importância "para a defesa coletiva da Aliança" e de cada um dos seus Estados-membros, "em particular do Estado português e dos cidadãos portugueses".
"Parte-se com muita consciência da especificidade do teatro para onde vamos, mas parte-se com consciência tranquila de que vamos conseguir cumprir a missão bem e que vamos honrar Portugal", garantiu o tenente-coronel.
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