"O estado de espírito do Governo é de dialogar e convergir"
O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, alertou, no entanto, que a vontade do Governo é de fazer cumprir o seu programa.
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
País Pedro Duarte
O recém-empossado ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, garantiu, esta sexta-feira, que o novo Governo tem "um propósito dialogante", está "absolutamente coeso e tem uma voz única".
"O estado de espírito do Governo é de dialogar e convergir naquilo que foi possível. Há uma linha de orientação de abertura de diálogo constante, permanente, genuíno, sentido e convicto", começou por defender, em declarações na SIC Notícias. Há, no entanto, um segundo lado: "Queremos executar o programa do Governo", garante.
"O que seria muito estranho é que houvesse partidos que viabilizavam o programa de Governo, mas depois não permitiam sequer começar a sua execução. Não faria qualquer sentido, era até de um cinismo político gigantesco", alertou Pedro Duarte, que acrescenta que "se, à primeira oportunidade, for cortada essa possibilidade, há, no mínimo, uma irresponsabilidade política".
"O mandato que nos foi dado foi também de mudarmos as políticas em Portugal, de criarmos mais resultados e atingirmos mais resultados que tenham impacto na vida dos portugueses. E vamos fazê-lo", continuou o novo ministro, referindo que "há uma gigantesca confiança do lado de quem está no Governo nesta altura" de acreditar que existem "todas as condições para fazer um grande trabalho com resultados na vida das pessoas".
"Olharmos para a composição e a estabilidade do Governo como tanto se especula no espaço público acaba por ser muito redutor, porque aquilo que realmente interessa são quais vão ser os resultados na vida concreta de cada um, e é nisso que estamos focados", retorquiu, enaltecendo os diferentes elementos que formam o XXIV Governo Constitucional e que foram empossados esta semana.
Recorde-se que o discurso de estreia de Luís Montenegro como primeiro-ministro focou-se, principalmente, em pedir ao Partido Socialista (PS) que seja uma "oposição" e não um "bloqueio". Em resposta, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, criticou as palavras do líder do Partido Social Democrata (PSD), acusando-o de fazer um discurso do "queixume".
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