Comunicação Social tem ser transparente sobre utilização de IA, avisa ERC
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) deliberou hoje que os órgãos de comunicação social que utilizem Inteligência Artificial devem seguir códigos de boas práticas e tornar explícito para o público se a utilizaram na produção de conteúdos.
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País ERC
Em comunicado, a ERC defende que as ferramentas de Inteligência Artificial (IA) utilizadas pelos meios de comunicação social devem obedecer a requisitos de transparência para o público.
Para a ERC, "os órgãos de comunicação social que utilizem IA devem seguir códigos de boas práticas e tornar explícito para o público se estes sistemas são utilizados apenas como adjuvantes em tarefas ou se substituem o trabalho jornalístico na produção de conteúdos".
A posição da ERC surge na sequência da apreciação de uma exposição reencaminhada pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) relativa à rubrica "Pulsómetro" integrada no programa "Decisão 24" da CNN Portugal.
Na sua deliberação, a ERC afirmou "a necessidade de o serviço de programas CNN Portugal elaborar e publicar uma carta de princípios sobre a utilização de Inteligência Artificial na sua redação, caso prossiga a produção de conteúdos de programas de informação jornalística com recurso a ferramentas de IA".
"Esta medida visa garantir a integridade, quer dos conteúdos decorrentes dessa tecnologia, quer das prerrogativas inerentes à atividade jornalística, e tornar transparentes perante os espetadores o tipo de tarefas que são executadas por estes sistemas -- editoriais e/ou não editoriais", detalha.
A ERC recordou os 10 princípios gerais da Carta de Paris sobre Jornalismo e IA, que devem orientar a utilização de ferramentas de IA na prática jornalística.
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