Feira diz que reforço do Estado na Metro do Porto resolve "dívida"
O presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, autarquia que integra a Área Metropolitana do Porto (AMP), disse hoje que o reforço da participação estatal na Metro do Porto foi a solução possível para a dívida da empresa.
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País Metro do Porto
Amadeu Albergaria rejeitou a interpretação de que, ao deixar de deter um capital de 50,11% da empresa para passar a possuir 99,89% da mesma, o Estado esteja a centralizar o serviço de transporte público da Metro.
"O reequilíbrio da estrutura de capital da Metro do Porto foi a solução encontrada para resolver um problema de dívida histórica da empresa", declarou o autarca social-democrata da Feira à agência Lusa.
"No nosso entendimento, isso não deverá ser confundido com centralização, nem vai em sentido contrário ao processo de descentralização de competências do Estado para os municípios. A AMP, no que diz respeito à governança, mantém a mesma posição", acrescentou.
Contactadas pela Lusa sobre o mesmo assunto, as restantes autarquias da região sul da AMP -- Arouca (PS), Espinho (PS), Oliveira de Azeméis (PS), São João da Madeira (PS) e Vale de Cambra (CDS-PP) -- não comentaram o tema.
Em causa está a operação divulgada na quinta-feira que permitiu que a dívida da Metro do Porto à Direção-Geral do Tesouro e Finanças fosse transformada em capital.
Com a apropriação por parte do Estado, uma dívida acumulada superior a 4,2 mil milhões de euros foi reduzida para 210 mil euros.
Nesse processo, a AMP, que até aqui detinha 35,22% do capital da empresa, viu a sua participação reduzida a 0,07%.
Também a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto, cujo capital é detido por seis municípios (Porto, Gaia, Matosinhos, Maia, Gondomar e Valongo), passou de deter 14,68% da Metro para apenas 0,03%.
No total, as entidades públicas de esfera metropolitana do Porto detinham 49,9% da empresa e estão agora restringidas a 0,1%.
O restante 0,1% do capital da Metro cabe, por sua vez, à CP - Comboios de Portugal.
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