Guardia Civil detém português por tentativa de homicídio de taxista
A Guardia Civil espanhola deteve um português de 54 anos, residente em Elvas (distrito de Portalegre), alegado autor da tentativa de homicídio de um taxista também português, que foi esfaqueado e sofreu ferimentos graves, foi hoje anunciado.
© iStock
País Guardia Civil
Num comunicado enviado hoje à agência Lusa, o comando de Badajoz da Guardia Civil revelou que o suspeito foi presente ao Tribunal de Instrução de Olivença, na Estremadura espanhola, que decretou a sua prisão preventiva.
Fonte da Guardia Civil, contactada pela Lusa, indicou que, como o crime foi praticado em território espanhol, o homem ficou em prisão preventiva naquele país e é aí que vai ser julgado.
Na quarta-feira, conforme revelou fonte da PSP, um taxista de Elvas sofreu ferimentos depois de ter sido esfaqueado por um cliente que transportava para Olivença (Espanha).
Essa mesma fonte indicou então que o homem, "agredido com uma arma branca" pelo cliente português, "estava em observação" no Hospital de Santa Luzia, em Elvas.
No comunicado divulgado hoje, a Guardia Civil espanhola confirmou que, na quarta-feira à tarde, o centro de cooperação policial aduaneiro existente na fronteira do Caia, entre Elvas e Badajoz, teve conhecimento da agressão sofrida pelo taxista quando transportava um cliente para o município de Olivença.
"Foi no final da viagem, nas imediações da Ponte da Ajuda, que o passageiro o agrediu com uma faca, provocando-lhe ferimentos graves no pescoço, rosto e mãos, chegando a utilizar o cinto de segurança para o tentar asfixiar", relatou a força policial espanhola.
O taxista conseguiu fugir ao agressor e chegar ao Hospital de Santa Luzia, "onde teve de ser tratado aos ferimentos graves provocados pela faca".
Com base nas informações que lhe foram disponibilizadas, a Guardia Civil montou dispositivos para tentar localizar o autor do crime, que acabou por ser encontrado no bairro de Olivares, em Villarreal.
O suspeito, com "antecedentes criminais por homicídio" em Portugal, "foi encontrado na posse da arma utilizada no ataque", notou a força de segurança.
"Com as provas incriminatórias, foi detido e conduzido a instalações oficiais" estando acusado dos "crimes de tentativa de homicídio do taxista português e de lesões", correspondendo este último a ofensas à integridade física grave, de acordo com o Código Penal português, consultado pela Lusa.
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