O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu, esta sexta-feira, ao presidente de França, Emmanuel Macron, que anunciou um fundo de apoio de 200 milhões de euros para infraestruturas ucranianas.

"Esta ajuda [francesa] é uma proteção óbvia da nossa Europa. (…) A vida é atingida pelo terror russo. (…) O futuro dos nossos povos ainda é indeterminado", destacou, numa conferência de imprensa conjunta em Paris, França, citado pelo Le Monde.

Zelensky voltou a falar da Cimeira da Paz para a Ucrânia, organizada nos dias 15 e 16 de junho na Suíça, destacando que será "uma Cimeira Inaugural (...), mas certamente um passo em direção ao fim da guerra para demonstrar que o mundo inteiro está ao lado daqueles que querem o fim desta guerra e aqueles que querem ajudar a Ucrânia a aproximar-se desta paz".

Quanto a Emmanuel Macron, garantiu a sua visita à Suíça, mas também à Ucrânia. "Considero que a Cimeira que está a ser organizada na Suíça é um passo importante na construção desta paz duradoura", destacou.

Por sua vez, sobre o "fundo de apoio anunciado", o presidente francês esclareceu que serve "para empresas que pretendam exportar e investir nas infraestruturas críticas do país, nos transportes, na energia, na saúde, na desminagem". "E, dada a urgência, decidimos que 60 milhões de euros deste fundo seriam dedicados à prioridade energética", acrescentou.

Recorde-se que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o presidente francês, Emmanuel Macron, assinaram um acordo de segurança entre os dois países, na que é a terceira visita do Presidente ucraniano a Paris desde o início da guerra.

Já esta sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou uma nova ajuda de 225 milhões de dólares (cerca de 207 milhões de euros) à Ucrânia, durante um encontro também em Paris com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Em declarações na capital francesa, onde os dois chefes de Estado se encontram para assinalar o 80.º aniversário do desembarque na Normandia (o Dia D), Biden dirigiu um pedido de desculpas ao povo ucraniano pelas semanas sem decisão sobre um apoio norte-americano, numa referência ao impasse no Congresso dos Estados Unidos que durante várias semanas não avançou com a aprovação de um pacote de cerca de 61 mil milhões de dólares (mais de 50 mil milhões de euros) em assistência militar e económica à Ucrânia.

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