Carreira de investigação? Sindicatos dizem que nova proposta é melhor
A Federação Nacional da Educação (FNE) e o Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) consideram que a proposta apresentada hoje pela tutela para o estatuto da carreira de investigação científica é melhor face ao aprovado pelo anterior governo.
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País Sindicatos
"A proposta é um passo no sentido de acabar com a precariedade nas carreiras de investigação. Para nós, esse é um elemento fundamental e um ponto de partida para o diálogo que esperamos manter com o Governo", disse José Luís Abrantes, secretário-geral adjunto da FNE.
O dirigente sindical falava aos jornalistas no final de uma reunião com o ministro da Educação, Ciência e Inovação sobre revisão do estatuto da carreira do ensino e investigação científica.
Antes da FNE, já o SNESup tinha reunido com a tutela e o presidente do sindicato, José Moreira, considerou que a nova proposta seguia um caminho positivo, em comparação com o estatuto aprovado em Conselho de Ministros em julho do ano passado, ainda pelo anterior executivo.
"A proposta do anterior Governo tinha vários pontos com que discordávamos. Parece haver vontade deste Governo para rever algumas coisas (...) e para que abranja o maior número possível de investigadores", disse José Moreira.
O presidente do SNESup considerou ainda que o ministro Fernando Alexandre "parece ter bastante urgência" em ouvir os contributos dos sindicatos antes de enviar o diploma à Assembleia da República.
"O texto final irá acolhê-los ou não, de acordo com a vontade política do Ministério", acrescentou.
Pela FNE, José Luís Abrantes sublinhou a necessidade de mitigar a precariedade no setor, admitindo que é difícil pôr fim ao problema por completo, mas considerou que a proposta apresentada hoje "vai no bom sentido".
"O que está em cima da mesa são alguns aspetos que, depois de um diálogo com as instituições sindicais, podem melhorar a proposta anterior, mas serão fruto da negociação", referiu.
O dirigente da FNE criticou, ainda assim, um aspeto específico da proposta, relacionado com o período experimental, que deverá corresponder a cinco anos e que a federação considera ser um prazo muito grande.
Em relação a aspetos concretos, também José Moreira defendeu que, ao contrário do estatuto aprovado há um ano, o novo diploma não equipare o sistema de avaliação de desempenho ao do estatuto da carreira docente.
Além da FNE e do SNESup, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação vai reunir com a Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
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