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Ecrãs são bons ou maus? Psicólogos lançam manual para ajudar mães e pais

De acordo com a Ordem, a utilização dos ecrãs podem ter benefícios, assim como malefícios.

Ecrãs são bons ou maus? Psicólogos lançam manual para ajudar mães e pais
Notícias ao Minuto

11:51 - 04/07/24 por Notícias ao Minuto

País Internet

A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) disponibilizou na internet um manual sobre o uso de ecrãs, aberto a toda a população, mas especialmente dirigido aos pais, professores e cuidadores de crianças e idosos.

A ferramenta explica as vantagens, assim como os perigos e as cautelas a serem tidas em conta no uso de ecrãs, seja de forma passiva ou ativa.

O manual inclui, ainda, recomendações sobre uso de ecrã em várias fases etárias. Pode consultá-lo na íntegra e gratuitamente aqui: Vamos falar sobre ecrãs e tecnologias digitais

Realça a Ordem dos Psicólogos Portugueses que, se por um lado existem benefícios, inclusive aumentar a cognitividade, por outro a utilização de ecrãs pode causar a deterioração e ter impactos na saúde mental.

"Uma boa gestão do tempo de ecrãs, dos conteúdos que escolhemos consumir e o uso apropriado das tecnologias digitais ajuda-nos a tirar o melhor partido dos seus benefícios", realçam os psicólogos, sublinhando contudo, que também há perigos, "dependendo das causas, horas e assuntos que consumimos".

"Os riscos do uso de ecrãs parecem, de modo geral, relacionados com o tempo excessivo de utilização, em detrimento da realização de outras atividades longe de ecrãs, com a diminuição da qualidade das interações com adultos e pares e, ainda, com aquilo que se vê e faz online, e as suas consequências", explica a OPP, acrescentando que algumas das consequências podem ser "dificuldades na expressão e regulação de emoções", assim como "comportamentos aditivos, como acontece com o álcool, tabaco e drogas".

O manual 'Vamos Falar Sobre Ecrãs e Tecnologias Digitais', ajuda, portanto, a perceber o que é um tempo de utilização saudável e equilibrado, que regras tomar e que limites impor, por exemplo, às crianças, uma vez que proibir "completamente e de forma indiscriminada o uso de tecnologias pode ter o efeito contrário àquele que desejamos".

"A superproteção e proibição podem deixar as crianças e os jovens mais curiosos e levar a comportamentos como a utilização das tecnologias às escondidas, não beneficiando do apoio e monitorização que lhes poderíamos dar", exemplificam os psicólogos.

A Ordem dos Psicólogos Portugueses relembra ainda que num país onde existem mais de 17 milhões de smartphones ativos, a sua utilização pode ser "boa, má ou uma verdadeira vilã".

Recorde-se que, em Portugal, 90% das crianças e adolescentes, entre os 9 e os 17 anos, utilizam o smartphone todos os dias. 73,6% dos jovens até aos 24 anos utilizam as redes sociais para fugir a emoções desagradáveis, 64,5% das crianças e adolescentes utilizam o smartphone como atividade de tempos livres e 43,5% das pessoas utiliza a internet como forma de 'escape' ou aliviar o seu estado psicológico.

Leia Também: Redes sociais são "tábua de salvação" para pacientes psicológicos

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