AR não consegue comunicar com pai das gémeas (e mãe não faculta contacto)
Samir Assad acompanhou todo o tratamento em Lisboa, estando referido em vários documentos e e-mails consultados pelos deputados.
© Paulo Spranger/Global Imagens
País CPI
A Assembleia da República (AR) não consegue obter resposta do pai das gémeas luso-brasileiras tratadas com o medicamento Zolgensma, no Hospital Santa Maria, em Lisboa. A mãe, por sua vez, também rejeitou facultar contacto.
À CNN Portugal, o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta sobre o caso, Rui Paulo Sousa, explicou que, no último mês e meio, já tentaram falar com o pai das meninas de várias formas, incluindo através de contactos que encontraram no processo clínico das filhas, mas nunca receberam resposta.
Ainda de acordo com Rui Paulo Sousa, do Chega, a comissão parlamentar pediu também um novo contacto do pai à mãe das crianças e ao seu advogado, mas ambos recusaram ajudar a AR - não o dando.
Segundo o canal, Samir Assad acompanhou todo o tratamento em Lisboa, estando referido em vários documentos e e-mails consultados pelos deputados, tendo sido uma das pessoas chamadas à CPI sobre o caso, que está em trabalhos.
Em causa no processo, que tem como arguidos o ex-secretário de Estado da Saúde Lacerda Sales e Nuno Rebelo de Sousa, filho do Presidente da República, está o tratamento hospitalar das duas meninas luso-brasileiras que receberam o medicamento Zolgensma. Com um custo de dois milhões de euros por pessoa, este fármaco tem como objetivo controlar a propagação da atrofia muscular espinal, uma doença neurodegenerativa.
O caso está ainda a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República, mas a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde já concluiu que o acesso à consulta de neuropediatria destas crianças foi ilegal.
Também uma auditoria interna do Hospital Santa Maria concluiu que a marcação de uma primeira consulta hospitalar pela Secretaria de Estado da Saúde foi a única exceção ao cumprimento das regras neste caso.
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