Enfermeiros do hospital prisional de Caxias fazem greve na sexta-feira
Os enfermeiros do hospital prisional de São João de Deus (HPSJD), em Caxias, vão fazer greve na manhã desta sexta-feira, entre as 10:00 e as 13:00, anunciou hoje o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
© Lusa
País Greve
O sindicato anunciou em comunicado que fará uma conferência de imprensa às 11:30 junto à unidade hospitalar para denunciar a ausência de soluções para diversos problemas apontados pelo menos desde 2018 à Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) e à tutela da Justiça.
Entre as reivindicações dos enfermeiros do HPSJD estão a regularização dos contratos precários e "a contratação de mais enfermeiros para garantia das dotações necessárias", a atualização do suplemento mensal de risco para estes profissionais e a abertura de novos concursos para as categorias de enfermeiro especialista e enfermeiro gestor.
Os enfermeiros do hospital prisional de Caxias exigem ainda uma "correta contabilização de pontos" para a carreira, com os consequentes reposicionamentos em termos salariais.
"Em causa estão um conjunto de situações problemáticas que se arrastam e agravam há anos, na DGRSP", referiu o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), sublinhando que "não houve resolução dos problemas enunciados, pelo que os enfermeiros decidiram avançar para esta luta e denúncia pública".
Em declarações à Lusa, o enfermeiro Rui Marroni explicou que a greve deve afetar o trabalho de cerca de 30 enfermeiros, um número que, segundo o profissional ligado ao SEP, já "está abaixo das necessidades" no HPSJD.
"Seria desejável haver um reforço de enfermeiros em todos os serviços. Marcámos um protesto e os serviços estarão nos mínimos. Devia haver um reforço de 50% dos enfermeiros e nas outras unidades passa-se a mesma coisa", alertou.
Rui Marroni adiantou ainda que "não houve nenhum concurso nos últimos quatro anos e meio para enfermeiros nos serviços prisionais" e salientou que o suplemento mensal de risco pago a estes profissionais de saúde nos serviços prisionais, num valor pouco acima dos 100 euros, já não é atualizado há 16 anos.
Destacou também que os enfermeiros especialistas que tinham esse título reconhecido pela Ordem dos Enfermeiros até 31 de maio de 2019 deviam transitar automaticamente para a categoria instituída pelo decreto-lei que entrou em vigor em junho desse ano, algo que, segundo o próprio, não chegou a acontecer.
[Notícia atualizada às 12h12]
Leia Também: Trabalhadores da STCP novamente em greve no Porto a partir de 2.ª-feira
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com