O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, considerou que "perante os incidentes" que têm acontecido nos últimos tempos no país, "o que releva é a reação" do Governo e, nomeadamente, das autoridades tuteladas pelo Ministério da Defesa Nacional.
Em entrevista à RTP, nesta quarta-feira, Nuno Melo argumentou que no que tem a ver com a recente fuga da prisão de Vale de Judeus, a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, "esteve muito bem na reação perante uma circunstância que é obviamente grave".
Também esteve "muito bem no tempo, porque esperou pelas informações que eram necessárias; e na decisão, porque exigiu consequências, e isso faz toda a diferença", disse.
Rita Júdice, recorde-se, ordenou à Inspeção-Geral dos Serviços de Justiça dar início urgente a "uma auditoria aos sistemas de segurança de todos os 49 estabelecimentos prisionais do país".
Em conferência de imprensa, a líder da tutela disse que foi aberta também uma segunda auditoria de gestão ao sistema prisional, para avaliar a organização e afetação de recursos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) e de todos os estabelecimentos prisionais do país.
A ministra da Justiça anunciou hoje uma auditoria urgente à segurança dos 49 estabelecimentos prisionais de Portugal, na sequência da fuga de cinco reclusos da cadeia de Vale dos Judeus no sábado.
Lusa | 18:37 - 10/09/2024
Governo "tem mostrado diferença na forma como encara as questões"
Nuno Melo preferiu, na mesma entrevista à RTP, defender que "este Governo leva seis meses de vida e tem mostrado diferença na forma como encara as questões e as razões de Estado", já que "enfrenta os problemas, investe com um ímpeto reformista e deseja uma realidade para o país muito melhor".
"Há um balanço que há de ser feito, mas sou um testemunho no esforço de todos os ministros no sentido de entregar Portugal em condições muito melhores do que aquelas em que recebeu o país", continuou, afirmando que "ninguém pode garantir que incidentes ou tragédias não aconteçam".
A "obrigação" dos ministros e do Governo, por outro lado, "é fazer o possível para prever". "Perante o que tenha de acontecer", retorquiu, o importante é terem "todos a capacidade de saber reagir".
Para Nuno Melo, o Estado "deve" e "pode" ser avaliado, também, "pelo que faz bem", realçando a importância de recordar outros casos, como o desaparecimento de pescadores na Marinha Grande ou a queda de um helicóptero em Lamego, recentemente, "onde mais de 200 operacionais estiveram envolvidos".
O ministro da Defesa aproveitou a entrevista na RTP para responder a críticas de que foi alvo, assegurando que tem as aptidões suficientes para exercer o cargo. Há cerca de quatro meses, Melo foi criticado por se ter referido ao Tratado do Atlântico Norte como Tratado do 'Atlético' Norte. Em resposta, o ministro da Defesa argumentou, agora, que não comenta "o disparate".
"Às críticas, respondo com trabalho, e, às especulações, com resultados. É isso que me importa", defendeu, argumentando que "as pessoas" foram a "maior urgência" que encontrou ao chegar ao Ministério da Defesa.
"Tenho um enorme orgulho de ser o ministro da Defesa do Governo que operou o maior aumento combinado de salários, suplementos, de ajuda às famílias e também de auxílio aos antigos combatentes na compra de medicamentos da Democracia portuguesa", continuou, afirmando que "os mandatos deviam ser medidos por resultados".
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