Dois jovens de 21 e 22 anos foram detidos, na terça-feira, por tráfico de estupefacientes, ameaça agravada e posse ilegal de arma proibida, na sequência de disparos realizados a 15 de maio contra um grupo rival, nas Caldas da Rainha.

“A operação policial desenvolvida tem na sua génese a sequência de factos, amplamente difundidos em sede de redes sociais e OCS locais/regionais, ocorridos a 15 de maio na praça 5 de outubro em Caldas da Rainha, onde um grupo de jovens enfrentava outro grupo rival, com recurso a supostas armas de fogo”, elencou a Polícia de Segurança Pública (PSP), num comunicado enviado às redações.

As autoridades obtiveram “mandados de busca e apreensão para quatro residências, todas localizadas no concelho de Leiria”, sendo que as “condutas criminosas dos visados eram gravadas, partilhadas e evidenciadas pelos seus intervenientes através de vídeos entre os membros dos grupos”.

“O cumprimento de tais mandados ocorreu na madrugada do dia de ontem, com o apoio de polícias do Grupo Operacional Cinotécnico da UEP e envolvendo ainda Equipas de Intervenção Rápida do Comando de Leiria, assim como do Comando Distrital de Coimbra e do Comando Metropolitano de Lisboa”, enumerou.

Foi possível apreender cerca de 500 doses individuais de haxixe, uma pistola calibre 6,35mm, marca Star, com carregador e uma munição introduzida, uma reprodução de arma de fogo, duas balanças de precisão, dois telemóveis e uma máquina de filmar digital GoPro, assim como 2,74 gr de liamba, 700 euros em notas, 120 reais em notas, uma pequena quantia monetária em dólares e kwanzas, duas navalhas com resíduos de produto estupefaciente, um invólucro de plástico que envolve produto estupefaciente com o símbolo Rolls Royce, um cofre metálico azul com resíduos de haxixe e, por fim, uma faca de cozinha com resíduos de haxixe.

A PSP salientou ainda que, durante uma das buscas domiciliárias, “uma equipa da Brigada de Proteção Ambiental da Divisão Policial de Caldas da Rainha confirmou a existência de oito cães sem quaisquer condições de habitabilidade/alojamento, sendo aparentemente quatro deles de raça potencialmente perigosa”.

“Neste sentido, foram de imediato despoletados todos os procedimentos necessários com vista à avaliação por parte de médico veterinário municipal, resultando na recolha de todos os referidos canídeos”, lê-se.

As autoridades levantaram autos de notícia por falta de registo, de licenciamento, e por reprodução de animais sem autorização.

Os jovens, que já tinham antecedentes criminais, foram presentes à autoridade judiciária esta quarta-feira, onde foram aplicadas as medida de coação de apresentações bisemanais e proibição de contactos com os ofendidos.

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