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Paquistão. MNE "lamenta profundamente" incidente com caravana diplomática

O embaixador de Portugal Frederico Silva viu-se envolvido num incidente em que "um veículo policial da escolta foi atingido por uma mina, resultando na morte de um agente da polícia e quatro feridos".

Notícias ao Minuto

19:35 - 22/09/24 por José Miguel Pires com Lusa

País Paquistão

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) "lamenta profundamente" o incidente ocorrido na região de Khyber Pakhthunkwa, no Paquistão, neste domingo, que "envolveu o embaixador de Portugal Frederico Silva, juntamente com uma dezena de diplomatas acreditados naquele país".

 

"O grupo regressava ao hotel, depois de participar no Swat Tourism Summit, promovido pela Câmara de Comércio e Industria de Islamabad", lê-se em nota do MNE enviada às redações.

Nela, a tutela disse que, "segundo foi possível apurar junto do embaixador Frederico Silva, que felizmente saiu ileso deste acidente, um veículo policial da escolta foi atingido por uma mina, resultando na morte de um agente da polícia e quatro feridos".

"Pela parte dos diplomatas não se registou qualquer vítima", acrescentou o MNE, que "já expressou às autoridades paquistanesas condolências pela morte do polícia e votos de rápida recuperação dos feridos".

A caravana - que incluía o embaixador russo e diplomatas portugueses, iranianos, turcomanos, tadjiques, cazaques, bósnios, zimbabueanos, ruandeses e vietnamitas - encontrava-se em Malam Jabba, no vale do Swat, em Khyber Pakhtunkhwa, na fronteira com o Afeganistão, quando foi atingido pela explosão.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Paquistão garantiu que os diplomatas regressaram em segurança a Islamabade e disse estar "determinado a combater o terrorismo".

A embaixada russa em Islamabade confirmou na rede social Telegram que o seu embaixador estava na caravana, quando um veículo que escoltava a comitiva passou por cima de uma mina.

O ataque não foi reivindicado até ao momento, mas a região é um bastião dos talibãs paquistaneses (TTP), treinados para o combate no Afeganistão e que defendem a mesma ideologia dos talibãs afegãos.

De 2007 a 2009, este movimento foi responsável por matar milhares de civis, tendo assumido o controlo de várias áreas antes de serem sido rechaçados pelo Exército.

Hoje, mantêm células adormecidas e Islamabade acusa os talibãs no poder em Cabul de não eliminarem os militantes que se refugiaram no seu solo afegão para preparar ataques contra o Paquistão.

O Governo talibã nega estas acusações, mas as relações entre Islamabade e Cabul deterioraram-se devido a esta questão.

Leia Também: Caravana de diplomatas com portugueses alvo de explosão no Paquistão

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