"Não há dúvidas" de que ataque a diplomatas no Paquistão "foi terrorista"
Embaixador português fazia parte da comitiva que sofreu um atentado este domingo. Saiu ileso, assim como os restantes diplomatas. No entanto, uma pessoa morreu e quatro ficaram feridos. Eis o que se sabe do ataque.
© MEHBOOB UL HAQ/AFP via Getty Images
País Paquistão
Um ataque a uma caravana onde viajavam 12 diplomatas, entre os quais o embaixador de Portugal no Paquistão e Afeganistão fez, este domingo, um morto e quatro feridos.
A comitiva encontrava-se em Malam Jabba, no vale do Swat, em Khyber Pakhtunkhwa, na fronteira do Paquistão com o Afeganistão, quando foi atingida por uma explosão.
Além de Frederico Silva, na comitiva estavam também os embaixadores da Indonésia, do Irão, do Vietname, da Rússia, do Ruanda e do Zimbabué, assim como vários diretores e homens de negócios ligados ao turismo da Câmara de Comércio de Islamabad e da Câmara de Comércio de Swat.
Um polícia morreu e outros quatro ficaram feridos, mas o diplomata português está bem e fora de perigo.
À CNN Portugal, Frederico Silva disse que não tem dúvidas que se tratou de um "atentado terrorista". O mesmo foi cometido "através de explosivos, dirigido a uma coluna automóvel, onde se contavam vários embaixadores que estavam na região para apresentar a experiência em turismo dos respetivos países, num evento organizado pelas câmaras e comércio de Islamabad e de Swat".
À agência Lusa, o embaixador, que está na embaixada paquistanesa desde fevereiro do ano passado, adiantou que a zona por onde passou a comitiva não costuma ser alvo de atentados, logo "não era expectável" que algo assim acontecesse.
Trata-se de "uma região de grande vocação turística com grande beleza natural e que tem muito turismo local e, daí, este seminário ter tido lá lugar", explicou Frederico Silva.
De acordo com o diplomata, tudo aconteceu depois do seminário, que "correu bem". Todos fizeram a sua apresentação e no final, quando se dirigiam para o hotel, "numa estrada de montanha, sinuosa, a certa altura deu-se uma explosão".
Esta foi, ainda segundo Frederico Silva, "grande e visível", o que teve o efeito de fazer com que as viaturas fizessem inversão de marcha e saíssem do local "com toda a rapidez possível".
O embaixador "estava mais ou menos a meio do comboio de viaturas", pelo que "deu para ver e ouvir perfeitamente a explosão, embora não estivesse junto a parte da frente do comboio que foi afetada".
Posteriormente, soube-se que a viatura que seguia à frente foi alvo de uma explosão. A restante comitiva regressou "imediatamente a Islamabad".
O Presidente da República já reagiu ao ataque. Numa nota publicada no site oficial da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa lamentou e condenou o "incidente", revelando que já falou com o "nosso diplomata", assegurando-se "que nada sofreu" e "exprimindo a sua solidariedade".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) também já lamentou "profundamente" o ataque que "envolveu o embaixador de Portugal" e "expressou às autoridades paquistanesas as condolências pela morte do polícia e votos de rápida recuperação dos feridos".
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