O vídeo de uma ama filmada, alegadamente a agredir uma criança, na Marinha Grande, foi partilhado nas redes sociais, tornando-se viral.

Nas imagens, partilhadas entretanto por vários meios de comunicação social mas que o Notícias ao Minuto optou por não reproduzir, vê-se a mulher a dar banho de água fria à menina, que chora compulsivamente. 

A certa altura, ouvem-se várias palmadas e o choro intensifica-se.

Até ao final da tarde de segunda-feira, a Polícia de Segurança Pública (PSP) não tinha recebido nenhuma queixa sobre o caso em questão, mas após ter visionado as imagens "iniciou diligências para recolha de prova".

Já esta terça-feira, a agência Lusa avançou com o facto da suspeita não ter licença para trabalhar como ama e de terem sido encontrados na casa da mulher cinco menores, de quem ela supostamente tomaria conta.

Progenitores foram chamados ao local

"Trata-se de uma atividade não licenciada que será alvo de fiscalização por parte do Instituto da Segurança Social, com base nas suas competências nesta matéria", explicou o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

A tutela adiantou que "o Centro Distrital da Segurança Social de Leiria, ao tomar conhecimento da situação, deslocou uma equipa ao local", acompanhada das autoridades, e encontrou "cinco crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 24 meses".

Os progenitores foram "chamados ao local para irem buscar os seus filhos e prestar declarações na PSP".

Os serviços da Segurança Social estão agora a avaliar com os progenitores as necessidades das crianças.

MP abre inquérito a alegados maus-tratos

Entretanto, o Ministério Público (MP) abriu um inquérito sobre os alegados maus-tratos.

"Na sequência de participação apresentada por uma cidadã, confirma-se a instauração de inquérito relacionado com os factos mencionados, o qual se encontra em investigação", afirmou a Procuradoria-Geral da República à agência Lusa.

A presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens da Marinha Grande, Ana Alves, também vereadora na Câmara, referiu que "o licenciamento de respostas sociais é competência do Instituto da Segurança Social".

Através do gabinete de imprensa do município, Ana Alves acrescentou que, "das crianças identificadas, há três com processos de promoção e proteção ativos, instaurados judicialmente, com acompanhamento do tribunal", sendo que, "nada mais tem a declarar", dada a "natureza reservada da situação".

PSP deteve a ama de 62 anos

A ama foi, entretanto, detida ainda hoje, disse à agência Lusa fonte da Polícia de Segurança Pública (PSP). Segundo a mesma fonte, a mulher, de 62 anos, foi detida fora de flagrante delito para ser presente a primeiro interrogatório judicial.

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