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Novo centro de investigação é "Torre de Babel" com 40 nacionalidades

Mais de 550 cientistas de 40 nacionalidades formam a "Torre de Babel" da investigação com que o Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular (GIMM) quer encontrar novas respostas e ajudar a melhorar os resultados em saúde.

Novo centro de investigação é "Torre de Babel" com 40 nacionalidades
Notícias ao Minuto

23/11/24 07:17 ‧ Há 3 Horas por Lusa

País Saúde

Resultado da fusão do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM) e do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), o GIMM quer aproveitar os pontos fortes de cada instituição para reforçar as capacidades de investigação, promovendo sinergias que no futuro passarão pela partilha de espaço num novo edifício a construir em Lisboa.

 

"Esta fusão, sob o ponto de vista científico, (...) faz muito sentido, porque, no fundo, estamos a unir equipas com culturas diferentes, que estudam coisas diferentes, mas complementares, e, portanto, trazer a maior diversidade possível para o mesmo ambiente", considera Maria Manuel Mota, diretora executiva do GIMM, em entrevista à Lusa.

A cientista explica que a seleção das equipas teve em conta apenas a qualidade, num instituto que pretende ser um farol de descoberta científica.

Na "carta de missão" do GIMM diz-se mesmo que este conjunto de cientistas, aos quais se juntarão mais com os concursos internacionais que o instituto lançará em 2025, pretende ser reconhecido como "um dos principais institutos de investigação em ciências da vida na Europa".

O instituto contará para o seu arranque em 2025 com um orçamento inicial de 40 milhões de euros, mas Maria Manuel sublinha: "Um instituto desta dimensão (...) deveria estar a almejar os 80 milhões de euros".

O GIMM tem dois grandes programas de investigação: GIM Descoberta, onde os cientistas são completamente livres nas perguntas que fazem e nas respostas que buscam, sendo avaliados periodicamente, e o GIMM Care, que pretende com equipas multidisciplinares encontrar soluções para problemas de saúde.

O cancro é uma das áreas de aposta do GIMM Care - onde os cientistas trabalham por "missões" - sendo que as duas já em andamento referem-se aos cancros colorretal e da mama.

O GIMM será apresentado publicamente a 04 de dezembro e tem como fundadores a Fundação Calouste Gulbenkian, a empresa Arica -- Investimentos, Participações e Gestão (sociedade anónima ligada à família Soares dos Santos, dona do grupo Jerónimo Martins e da cadeia de supermercados Pingo Doce), a fundação bancária espanhola "la Caixa", o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa (do qual faz parte o Hospital de Santa Maria) e a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

O novo centro de investigação é gerido por uma fundação com estatuto de utilidade pública e que adota a designação bilingue de Fundação GIMM - Gulbenkian Institute for Molecular Medicine

Leia Também: Instituto tem 42 milhões para melhorar rastreios de cancro e SNS

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