Mais de 3.000 guitarras Gibson falsas apreendidas no porto de Los Angeles
Mais de 3.000 guitarras elétricas Gibson falsas enviadas da Ásia foram apreendidas por agentes da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA no porto de Los Angeles-Long Beach, revelaram na sexta-feira as autoridades norte-americanas.
© Reuters
Mundo Los Angeles
Se as guitarras fossem autênticas, teriam um valor aproximado de 18 milhões de dólares (cerca de 17 milhões de euros), destacou a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, na sigla em inglês), em comunicado.
Esta agência detalhou que a Gibson confirmou que as guitarras intercetadas eram falsificadas, noticiou a agência Associated Press (AP).
A Gibson, fundada em 1894 e com sede em Nashville, Tennessee, tem a maior quota de mercado de guitarras elétricas 'premium' e todas as suas guitarras são feitas à mão em Nashville e Bozeman, Montana.
"Estas guitarras falsificadas podem parecer legítimas para os consumidores descuidados que as compram a fontes 'online' de terceiros vendedores, mercados de rua, retalhistas não autorizados ou em transações pessoais", frisou Cheryl M. Davies, diretora de operações de campo da CBP em Los Angeles.
"À medida que nos aproximamos da época de compras natalícias movimentada, os consumidores devem prestar atenção onde estão a comprar estes produtos e quanto estão a pagar, e se é demasiado bom para ser verdade, provavelmente é", sublinhou ainda.
As guitarras Gibson têm sido tão marcantes na história da música que o visionário do rock and roll Chuck Berry foi sepultado com o seu instrumento, o músico de blues B.B. King chamou-lhe carinhosamente "Lucille", e o guitarrista de rock Eric Clapton pediu uma emprestada a George Harrison para tocar o solo da música dos Beatles "While My Guitar Gently Weeps".
"Isto é realmente emocionante e pessoal para nós, não só por causa da proteção dos nossos guitarristas, mas por causa da nossa equipa Gibson em geral, incluindo os artesãos dos nossos ofícios em Nashville e Bozeman, que são gerações de famílias americanas que dedicaram as suas vidas inteiras ao fabrico artesanal de instrumentos Gibson", frisou Beth Heidt, diretora de marketing da Gibson, em comunicado.
As autoridades anunciaram a apreensão na terça-feira, mas não disseram quando as guitarras foram transportadas, de que país foram enviadas ou quem as fabricou.
A investigação que envolve a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, a Segurança Interna e o Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles, continua a decorrer.
A violação da propriedade intelectual é um crime que pode resultar numa multa de 250.000 dólares e 10 anos de prisão.
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