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Atacantes de motorista da Carris terão estado envolvidos num sequestro

Estiveram em prisão preventiva, mas apenas durante dois meses.

Atacantes de motorista da Carris terão estado envolvidos num sequestro
Notícias ao Minuto

30/11/24 10:33 ‧ Há 1 Hora por Notícias ao Minuto

País Odair Moniz

Os dois homens detidos pelo ataque ao motorista da Carris com cocktails molotov, na noite de 24 de outubro, durante os tumultos na região de Lisboa após a morte de Odair Moniz, terão estado envolvidos num sequestro, em 2023, em Viana do Castelo, avança a SIC Notícias.

 

Wilson Tavares Mendes e Pedro Daniel Quadros, de 22 e 23 anos, respetivamente, chegaram a estar em prisão preventiva durante dois meses - de 22 de fevereiro a 30 de abril -, mas saíram em liberdade há sete.

Segundo o mesmo canal, os dois jovens são alegados membros de um grupo criminoso, responsável por vários assaltos.

Já ouvidos em tribunal sobre o ataque em Lisboa, a dupla terá desmentido os crimes de tentativa de homicídio qualificado, incêndio e dano, mas sem convencer o juiz. Agora estão de novo em prisão preventiva, em Lisboa.

Quando soube da decisão, o motorista mostrou-se "satisfeito e aliviado".

Na quarta-feira a TVI transmitiu uma entrevista exclusiva ao motorista, que recordou a noite do ataque e afirmou que ainda pediu aos atacantes para que o deixassem sair do autocarro. O homem acabou por ficar com várias partes do corpo queimadas e por ser internado na unidade de cuidados intensivos.

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O funcionário da Carris queimado na noite dos desacatos após a morte de Odair Moniz recordou o ataque e garantiu que pediu aos autores para o deixarem sair do autocarro antes de lhe pegarem fogo, "mas não deixaram".

Notícias ao Minuto | 22:29 - 27/11/2024

Recorde-se que, durante várias noites, registaram-se tumultos em bairros da Grande Lisboa após a morte do cidadão cabo-verdiano Odair Moniz, de 43 anos e morador no Bairro do Zambujal, na Amadora, ter sido baleado por um agente da PSP na madrugada de 21 de outubro, no Bairro da Cova da Moura, no mesmo concelho, e morreu pouco depois.

Na sequência dos distúrbios foram incendiados autocarros, dezenas de automóveis e contentores do lixo, mas o ataque que deixou em estado grave o motorista é o mais grave em investigação.

Leia Também: Motorista da Carris diz-se "aliviado" por atacantes ficarem em preventiva

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