Heather Hall era professora na Universidade de Charleston, no estado norte-americano da Carolina do Sul, e, à semelhança de outras vítimas no descarrilamento do Elevador da Glória, estava apenas de visita a Portugal.
A professora encontrava-se em Lisboa para uma palestra - que não teve oportunidade de dar.
A identidade da norte-americana foi confirmada na sexta-feira pela própria universidade, num e-mail enviado ao corpo estudantil, segundo a News4.
De acordo com a instituição, Heather fazia parte do Departamento de Educação da faculdade e era especializada em literacia e educação para necessidades especiais.
Em comunicado, a diretora da escola de educação, Fran Welch considerou que foi "uma perda trágica para todos".
"Como uma alumni da universidade e uma instrutora dinâmica com uma especialização em educação para necessidades especiais, ela partilhava o seu amor pelas viagens com os seus alunos. A sua energia, bondade e foco nos seus estudantes vão deixar saudades profundas."
A família de Heather já reagiu à notícia, numa declaração enviada ao News4 na sexta-feira à noite: "Heather Lynn Hall, uma filha, irmã, mãe, educadora e ativista amada, morreu a fazer o que fazia de melhor - a viver a vida ao máximo, com ousadia e com o coração aberto para o mundo".
"Ela não tinha apenas amigos - tinha ligações profundas com pessoas que se sentiam verdadeiramente vistas e apreciadas por ela. Conhecer Heather era ser conhecido e amado em troca", afirmou a família de Heather.
A professora deixa "duas crianças incríveis", nas quais "acreditava com todo o seu coração", querendo acima de tudo "que vivessem as suas vidas ao máximo - encontrando o seu propósito, confiando em si mesmas, e abrindo-se à alegria, aventura e à possibilidade selvagem e maravilhosa da vida".
© Heather Hall/Facebook
Heather Hall é uma das onze vítimas estrangeiras no descarrilamento do Elevador da Glória na quarta-feira, dia 3 de setembro.
Sabe-se a identidade de dois britânicos, Kayleigh Smith, de 36 anos, e William Nelson, de 44 anos; e que a terceira vítima do Reino Unido seria um homem de 82 anos, cujo nome não foi divulgado.
Duas vítimas que viviam no Canadá também já são conhecidas. Também eles um casal, com mais de vinte anos de casamento e dois filhos, estavam no último dia de férias em Portugal para celebrar o aniversário e a reforma do marido: eram André Bergeron e Blandine Daux, arqueólogos de renome no Canadá. Ele é canadiano e ela tem nacionalidade francesa.
Falta ainda identificar seis vítimas da tragédia.
[Notícia atualizada às 16h47]
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