O Ministério Público (MP) informou, esta terça-feira, que após ter sido "recolhida extensa prova documental e material" do acidente com o Elevador da Glória, já começaram também a ser ouvidas testemunhas. O processo encontra-se em "segredo de justiça".
Em comunicado enviado esta terça-feira às redações, o MP refere que já foram "realizadas todas as diligências necessárias", em colaboração com as entidades competentes, e que o Instituto de Medicina Legal confirmou "a identidade de todas as 16 vítimas mortais do descarrilamento".
"As vítimas mortais, oito mulheres e oito homens, tinham idades compreendidas entre os 36 e os 82 anos. Cinco eram portuguesas, três do Reino Unido, duas da Coreia do Sul, duas canadianas (uma das quais com dupla nacionalidade canadiana e marroquina), uma suíça, uma francesa, uma ucraniana e uma norte-americana", pode ler-se.
O MP indica que "esta informação, sendo relevante para o inquérito oportunamente instaurado, encontra-se junta ao mesmo". "No âmbito desse inquérito foi já recolhida extensa prova documental e material, tendo também sido iniciada a inquirição de testemunhas".
O inquérito é dirigido pelo DIAP Regional de Lisboa, tendo sido decretado "o segredo de justiça" e irá prosseguir "com as competentes e adequadas perícias técnicas".
O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e cerca de duas dezenas de feridos.
O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.
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