Uma bebé nasceu numa ambulância dos Bombeiros Voluntários de Vale de Coimbra, no distrito de Aveiro, na noite de sábado, informou a corporação.
"Maria nasceu às 22h13 na ambulância dos bombeiros com apoio dos nossos tripulantes", lê-se numa publicação na rede social Facebook.
De acordo com a corporação, a bebé e a mãe foram depois transportadas para o Hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira.
Já o Diário de Aveiro revelou que a mãe, natural de Sever do Vouga, dirigiu-se ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Vale de Cambra a pedir auxílio e o parto acabou por acontecer em plena Estrada Nacional 223, a "poucos minutos do hospital".
A mulher, de 30 anos, chegou ao quartel "já com contrações" e os bombeiros deram início ao transporte para o Hospital de São Sebastião.
"Entretanto, durante a viagem, ela entrou em trabalho de parto", contou fonte da corporação ao jornal local, acrescentando que "correu tudo bem".
Sublinhe-se que só este ano nasceram cerca de 50 bebés em ambulâncias ou em casa, segundo os relatos de corporações de bombeiros nas redes sociais. O número poderá ser superior, uma vez que nem todas as ocorrências são noticiadas.
Em agosto, o diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Álvaro Almeida, admitiu que tem havido um aumento do número de partos fora do domicílio ou de hospitais, mas recusou relacionar esse número com o encerramento de urgências de obstetrícia e ginecologia.
"Há, de facto, um aumento ligeiro do número de partos fora do domicílio e dos hospitais, cerca de mais seis este ano face ao ano anterior, mas que não corresponde, ou que não está diretamente relacionado, com os encerramentos de urgências. Isso porque o número de encerramentos é menor este ano do que foi o ano passado", referiu.
Mais partos em ambulâncias? "Não está relacionado com fecho de urgências"
Álvaro Almeida, diretor-executivo do SNS, garante que a área da Saúde em Portugal "está melhor do que estava no ano passado e do que estava há dois anos" e que o "ligeiro" aumento de partos em ambulâncias "não está diretamente relacionado com o encerramento de urgências".
Natacha Nunes Costa | 07:57 - 21/08/2025No final de abril, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reconheceu que é preciso garantir que nasçam menos bebés em ambulâncias, mas destacou que sempre houve situações semelhantes.
"O objetivo é que nasçam cada vez menos bebés em ambulâncias, sobretudo através de gravidezes bem vigiadas. Se há uma área onde nos distinguimos nos últimos 45 anos é na área maternoinfantil e por isso o que temos é de conseguir garantir que esses indicadores se mantenham", disse a ministra no final de uma visita ao Hospital de Santa Cruz, integrado na Unidade Local de Saúde de Lisboa Ocidental.
Ana Paula Martins referiu, contudo, que sempre nasceram bebés em ambulâncias e vão continuar a nascer em alguns momentos, porque não é possível evitar em algumas circunstâncias. "Mas naturalmente que não é de forma alguma o nosso objetivo", declarou.
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