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Paraplégico desde os 16 anos pede ajuda para cumprir sonho no ciclismo

João Paulo Ribeiro tem 33 anos e o sonho de iniciar uma atividade desportiva no ciclismo. Para isso, Rodinhas, como é conhecido, precisa de adquirir uma handbike e está a tentar fazê-lo através de uma campanha de crowdfunding.

Notícias ao Minuto

19:17 - 23/04/16 por Inês André de Figueiredo

País Crowdfunding

João Paulo Ribeiro, residente em Ponte de Lima, viu os seus sonhos serem destruídos quando, aos 16 anos, teve um grave acidente de mota ao regressar do exame de condução e ficou paraplégico. Em entrevista ao Notícias ao Minuto, Rodinhas relembra o momento e a forma como lhe foi escondido o prognóstico pouco risonho e a maneira como recuperou e aprendeu a viver.

“Nos primeiros dias ninguém me dizia que eu não ia voltar a andar e fui-me apercebendo disso a pouco e pouco, as pessoas começaram a dizer-me. Eu tinha 16 anos e nem sabia o que era uma pessoa paraplégica, nem uma cadeira de rodas”, recorda.

Hoje, o desporto é a sua vida, o que o mantém vivo e capaz de ter esperanças no futuro. João Paulo nunca praticou atividade física antes do acidente, mas iniciou o desporto adaptado no basquetebol, tendo passado pelo andebol e pelo remo. Neste momento, pretende iniciar uma atividade mais regular no ciclismo.

Desta forma, uma campanha de crowdfunding divulgada na internet visa a aquisição de uma handbike, uma bicicleta adaptada que possibilita que Rodinhas entre na competição. “O ciclismo dá uma liberdade de sair de casa, de andar por várias freguesias ao ar livre, de competir. É o que eu gosto e quero ver se consigo”, explica.

“Ainda não pratico ciclismo, por vezes faço treinos porque alguém me empresta uma handbike”, revela, justificando o facto de precisar de uma bicicleta adaptada, e realçando a importância da campanha que está a decorrer na plataforma ppl com o nome ‘Sozinho vamos mais rápido, juntos vamos mais longe’, e que terminará no próximo dia 28 de abril. 

Apesar das dificuldades com que se tem deparado, João Paulo Ribeiro tem esperança de um dia voltar a andar. “Nunca acreditei que fosse para sempre e continuo a não acreditar. Tenho esperança de que um dia, mais tarde ou mais cedo, venha uma tecnologia ou algum tratamento que permita que as pessoas recuperem”, conclui.

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