Porto: Câmara entrega primeiras casas reabilitadas do centro histórico
A câmara do Porto indicou hoje que conta entregar em setembro as primeiras 35 casas reabilitadas no âmbito do programa de requalificação do centro histórico.
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País Requalificação
Numa visita a prédios localizados nas ruas de Trás e dos Caldeireiros (próximo do largo dos Lóios e da Torre dos Clérigos) que serão reabilitados e preparados para alojar famílias inscritas na empresa municipal Domus Social, o vereador da Habitação, Manuel Pizarro, revelou que as primeiras casas estão "praticamente prontas" e localizam-se nas zonas da Ribeira, Sé e Miragaia.
O programa de requalificação que visa promover o regresso ao "coração" da cidade de famílias que vivem atualmente em bairros periféricos foi aprovado em reunião de câmara no dia 19 e implica um investimento superior a quatro milhões de euros.
A autarquia participa com cerca de metade e dois milhões de euros resultam da extinta Fundação para a Zona Histórica do Porto.
Numa primeira fase, a autarquia espera instalar 130 famílias em 57 casas e 17 edifícios municipais ao longo dos próximos dois anos.
Manuel Pizarro também revelou que 150 agregados familiares que vivem atualmente em bairros da periferia do Porto manifestaram vontade de regressar ao centro histórico, de acordo com dados recolhidos através de um inquérito feito a 300 famílias.
"Queremos contrariar o que aconteceu nas últimas décadas e fazer com que o enorme impacto do turismo na regeneração urbana desta zona seja também acompanhado pela possibilidade de pessoas de todas as classes sociais morarem no centro histórico", disse Manuel Pizarro.
O autarca vincou que "este é o primeiro anúncio que a câmara vai fazer nesta matéria" porque está "ativamente à procura de novas oportunidades para que este programa seja alargado".
"A câmara tem o direito de opção sobre imóveis no centro histórico. Em alguns casos, em imóveis cujo preço e a possibilidade de reconversão sejam interessantes, vamos exercer essa opção", acrescentou Manuel Pizarro.
Antes, à entrada para um dos prédios camarários visitados, o presidente da câmara, o independente Rui Moreira, revelou que "nos próximos dias" a autarquia "vai exercer o seu primeiro direito de opção", sem no entanto revelar qual o prédio nem a localização em causa. Já no final da visita, Rui Moreira comentou que "os municípios são os grandes investidores em património habitacional para disponibilizar aos seus habitantes", mesmo em cidades como Nova Iorque e Paris.
A Domus Social regista, atualmente, "maior espera" por casas com tipologias T1 e T2 e este programa também vai permitir, garantem os responsáveis autárquicos, "libertar casas com tipologias maiores".
"Por exemplo, um casal de idosos que vive sozinho num espaço com três quartos poderá estar disposto a trocar para habitações menores", contaram os responsáveis, salientando existir agora uma "oportunidade" para "acerto de tipologias".
As pessoas que vão viver no centro histórico ao abrigo desta medida terão o Regime de Arrendamento Apoiado, pagando em função dos rendimentos do agregado familiar.
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