Descarrilamento: Comissão espanhola já finalizou recolha de indícios
A Comissão de Investigação de Acidentes Ferroviários (CIAF) de Espanha terminou na noite de sexta-feira a recolha de indícios do descarrilamento de um comboio na Galiza que fez quatro mortos, um deles o maquinista português.
© Reuters
País Acidente
A informação foi hoje comunicada pelo Gabinete de Investigação de Segurança e de Acidentes Ferroviários (GISAF), do Ministério da Economia português.
"O processo de recolha de evidências e indícios no local pela CIAF, cuja fase final o GISAF acompanhou e com a qual colaborou, foi concluído na noite de ontem, seguindo-se nos próximos dias e semanas a fase de recolha de outra informação relevante para permitir a análise profunda do sucedido", lê-se na informação publicada no portal do GISAF na Internet.
O gabinete português adianta que, já em Portugal, serão os seus técnicos a recolher "informação relevante sobre o material circulante envolvido e sobre o maquinista, uma vez que a CIAF não tem competência para o efeito" em Portugal.
Além disso, poderá ainda tomar outras diligências que o organismo espanhol lhe pedir.
Pela lei, diz o GISAF, é às autoridades do país em que acontece o acidente que compete fazer a investigação técnica e dar os resultados, ou seja, a Espanha, neste caso.
O descarrilamento do Comboio Celta, ocorrido na sexta-feira junto à estação de O Porriño, na Galiza, Espanha, fez quatro mortos, o maquinista português, dois funcionários espanhóis da RENFE e um turista norte-americano.
Além disso, 49 feridos foram transportados para hospitais da cidade de Vigo.
O comboio fazia a ligação entre Vigo e o Porto.
O Sindicato dos Maquinistas lamentou hoje a morte do colega, afirmando que os maquinistas estão "em estado de consternação e luto", mas pede também que haja "respeito de todos aqueles que emitem opiniões" sobre o acidente, nomeadamente quanto a eventuais responsabilidades do maquinista, com mais de 22 de carreira.
A estrutura sindical refere as más condições que o transporte ferroviário ainda tem para referir que os maquinistas "não aceitam continuar vítimas do desinvestimento no material circulante ferroviário/automotor".
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com