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Descarrilamento: Comissão espanhola já finalizou recolha de indícios

A Comissão de Investigação de Acidentes Ferroviários (CIAF) de Espanha terminou na noite de sexta-feira a recolha de indícios do descarrilamento de um comboio na Galiza que fez quatro mortos, um deles o maquinista português.

Descarrilamento: Comissão espanhola já finalizou recolha de indícios
Notícias ao Minuto

16:05 - 10/09/16 por Lusa

País Acidente

A informação foi hoje comunicada pelo Gabinete de Investigação de Segurança e de Acidentes Ferroviários (GISAF), do Ministério da Economia português.

"O processo de recolha de evidências e indícios no local pela CIAF, cuja fase final o GISAF acompanhou e com a qual colaborou, foi concluído na noite de ontem, seguindo-se nos próximos dias e semanas a fase de recolha de outra informação relevante para permitir a análise profunda do sucedido", lê-se na informação publicada no portal do GISAF na Internet.

O gabinete português adianta que, já em Portugal, serão os seus técnicos a recolher "informação relevante sobre o material circulante envolvido e sobre o maquinista, uma vez que a CIAF não tem competência para o efeito" em Portugal.

Além disso, poderá ainda tomar outras diligências que o organismo espanhol lhe pedir.

Pela lei, diz o GISAF, é às autoridades do país em que acontece o acidente que compete fazer a investigação técnica e dar os resultados, ou seja, a Espanha, neste caso.

O descarrilamento do Comboio Celta, ocorrido na sexta-feira junto à estação de O Porriño, na Galiza, Espanha, fez quatro mortos, o maquinista português, dois funcionários espanhóis da RENFE e um turista norte-americano.

Além disso, 49 feridos foram transportados para hospitais da cidade de Vigo.

O comboio fazia a ligação entre Vigo e o Porto.

O Sindicato dos Maquinistas lamentou hoje a morte do colega, afirmando que os maquinistas estão "em estado de consternação e luto", mas pede também que haja "respeito de todos aqueles que emitem opiniões" sobre o acidente, nomeadamente quanto a eventuais responsabilidades do maquinista, com mais de 22 de carreira.

A estrutura sindical refere as más condições que o transporte ferroviário ainda tem para referir que os maquinistas "não aceitam continuar vítimas do desinvestimento no material circulante ferroviário/automotor".

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