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Advogada de 'Piloto' diz "não ter estratégia. Isto foi tudo num ápice"

Suspeito do homicídio em Aguiar da Beira é ouvido pelo juiz de instrução criminal 30 dias após os crimes que ocorreram a 11 de outubro.

Advogada de 'Piloto' diz "não ter estratégia. Isto foi tudo num ápice"
Notícias ao Minuto

10:57 - 10/11/16 por Carolina Rico

País Aguiar da Beira

Uma das advogadas de Pedro Dias diz não saber se o seu cliente tenciona declarar-se inocente.

"Não há nenhuma estratégia, isto decorreu tudo num ápice", disse Mónica Quintela aos jornalistas.

A advogada diz também que ainda não viu o processo nem falou com o seu cliente, pelo que não sabe se ele tenciona alegar inocência no tribunal.

"Ninguém estava a contar que isto pudesse acontecer desta forma, o senhor Pedro Dias quis-se entregar, fez-se a entrega em total segurança, é tudo o que eu posso dizer".

"O Código do Processo Penal diz que todos os arguidos têm o direito de se remeter ao silêncio sem que isso os possa prejudicar", referiu ainda.

Entretanto, o suspeito do duplo homicídio em Aguiar da Beira já se encontra no Tribunal da Guarda para primeiro interrogatório judicial e aplicação de eventuais medidas de coação.

À porta do tribunal, era visível um dispositivo de segurança da PSP e, além de várias equipas de reportagem dos órgãos de comunicação social, marcavam presença no local alguns populares que apuparam o detido.

"Assassino", podia ouvir-se, no caminho que percorreu até entrar nas instalações.

Pedro Dias, de 44 anos, entregou-se às autoridades às 19h00 de terça-feira. Estava desaparecido desde 11 de outubro, data em que dois militares da GNR foram atingidos a tiro. Um morreu e um outro ficou ferido.

Na mesma madrugada, um homem morreu e a mulher ficou gravemente ferida, também alvejados a tiro na viatura em que seguiam.

O detido é suspeito da autoria de cinco crimes de homicídio qualificado, três dos quais na forma tentada, dois crimes de sequestro, pelo menos dois de roubo e um crime de furto.

No âmbito das investigações, a PJ também constituiu arguida uma mulher, de 61 anos, sobre a qual recaem "fundadas suspeitas de favorecimento pessoal" ao detido.

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