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Mário Soares: Costa 'fecha' livro de homenagem ao fundador

O secretário-geral do PS, António Costa, enviou hoje da Índia aquela que será a última mensagem inscrita no livro de condolências para homenagear Mário Soares, na qual se lê que o fundador é uma referência do Portugal livre.

Mário Soares: Costa 'fecha' livro de homenagem ao fundador
Notícias ao Minuto

19:05 - 11/01/17 por Lusa

País PS

"Nada mais pode orgulhar os socialistas que a consagração do nosso fundador como referência comum do Portugal livre, democrático e europeu, que partilhamos com todos os portugueses", escreve António Costa na mensagem a que a Lusa teve acesso e que encerra as homenagens deixadas escritas na sede nacional do PS, em Lisboa.

O fundador do PS e antigo chefe de Estado Mário Soares morreu no sábado aos 92 anos e o Governo decretou três dias de luto nacional, que terminam hoje.

A sede do PS, no Largo da Rato, em Lisboa, esteve aberta desde as 10:00 de domingo e encerrou hoje às 19:00, tendo sido preenchidos oito livros de condolências.

Além de muitas figuras nacionais do PS, e também internacionais, como o antigo presidente do Governo e líder do PSOE Felipe Gonzalez, passaram na sede socialista vários líderes de outros partidos, nomeadamente do PSD, Pedro Passos Coelho, do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, e do CDS, Assunção Cristas.

No último de três dias de luto nacional decretado pelo Governo chefiado por António Costa, que se encontra na Índia em visita que os indianos atribuem como sendo de Estado, Costa agradece ainda em nome do Partido Socialista "a todos" os que quiseram prestaram homenagem a Mário Soares.

Também o parlamento aprovou hoje por unanimidade um voto de pesar pela morte de Mário Soares, assinalando o "legado de coragem política, patriotismo democrático e de abertura ao mundo" do ex-Presidente da República.

Nascido em 07 de dezembro de 1924, em Lisboa, Mário Alberto Nobre Lopes Soares, advogado, combateu a ditadura do Estado Novo e foi fundador e primeiro líder do PS.

Após a revolução do 25 de Abril de 1974, regressou do exílio em França e foi ministro dos Negócios Estrangeiros e primeiro-ministro entre 1976 e 1978 e entre 1983 e 1985, tendo pedido a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1977, e assinado o respetivo tratado, em 1985.

Em 1986, ganhou as eleições presidenciais e foi Presidente da República durante dois mandatos, até 1996.

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