Funcionários em protesto fecham escola em Lisboa
Trabalhadores não docentes da Escola Básica 2,3 de Marvila, em Lisboa, fecharam hoje o estabelecimento durante duas horas como forma de protesto, para que o Ministério da Educação reveja a portaria sobre rácios de funcionários.
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País Marvila
Em declarações à agência Lusa, Cátia Pedroso, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Publicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, adiantou que a escola esteve fechada entre as 08:00 e as 10:00, referindo que os 12 funcionários afetos à escola, dois dos quais em baixa prolongada, não são suficientes para os cerca de 400 alunos.
"Parámos hoje por duas horas numa forma de protesto para apelar ao ministro e governantes, porque a portaria de rácios que é atribuída às escolas não faz face às necessidades das mesmas", explicou Cátia Pedroso.
Segundo a representante, torna-se difícil acompanhar o elevado número de crianças e jovens com necessidades educativas especiais (cerca de 50) que estudam na escola.
"É complicado quando temos postos de trabalho fixos dentro da escola como a portaria, biblioteca, balneários, bar ou papelaria. Esses locais não se podem abandonar e desde logo não fazemos a vigilância que devíamos fazer aos alunos", sublinhou.
Cátia Pedroso lembrou ainda o caso de uma agressão a dois professores no mês passado. Os docentes tiveram necessidade de tratamento hospitalar.
A sindicalista adiantou ainda que está a ser feito um abaixo-assinado, para funcionários, pais e professores, a dar conta das reivindicações do pessoal não docente.
O documento será posteriormente entregue ao ministério.
A Lusa tentou contactar a direção da escola, mas foi informada por telefone de que este órgão não iria fazer declarações.
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