Pedrógão Grande: Bombeiro internado "vai ser retirado do coma induzido"
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera disse hoje à agência Lusa que um dos bombeiros internados em Lisboa poderá, em breve, sair do coma induzido, caso o seu quadro clínico continue a evoluir favoravelmente.
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País Comandante
Pedrógão Grande, Leiria, 03 jul - O comandante dos Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera disse hoje à agência Lusa que um dos bombeiros internados em Lisboa poderá, em breve, sair do coma induzido, caso o seu quadro clínico continue a evoluir favoravelmente.
"Possivelmente, se não houver nada em contrário e se evoluir favoravelmente, o bombeiro mais novo internado em Lisboa vai ser retirado do coma induzido, para ver como é que ele vai reagir", afirmou José Domingues, a propósito dos incidentes registados no incêndio de dia 17, que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.
Dois voluntários de Castanheira de Pera, pai e filho, continuam internados no Hospital de Santa Maria (Lisboa), sendo que o operacional mais novo poderá sair do coma induzido se não houver nada em contrário. O estado de saúde do outro operacional evolui favoravelmente.
A informação facultada pelo comandante dos voluntários de Castanheira de Pera reporta-se ao final do dia de domingo.
O coma induzido é uma sedação profunda que é feita para ajudar a recuperação de um paciente que se encontra em estado muito grave.
Este tipo de sedação é feito por medicamentos, como os utilizados na anestesia geral, e por isso é reversível, sendo que o efeito destes remédios é interrompido quando a pessoa já recuperou completamente ou quando o médico precisa de avaliar o processo de melhora do paciente.
José Domingues adiantou ainda que o quadro clínico do operacional internado no Hospital de São João (Porto) é estacionário: "Não há alterações significativas".
Já em relação à operacional internada em Coimbra, e que foi submetida recentemente a uma intervenção cirúrgica, continua a evoluir favoravelmente.
Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.
A área destruída por estes incêndios na região Centro corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado pelo Governo em março.
Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236.1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.
O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra e Penela.
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