Piloto de aeronave pode vir a responder por homicídio por negligência
Os pilotos da aeronave que fizeram ontem uma aterragem de emergência em pleno areal da praia de São João, na Costa de Caparica, provocando duas mortes, estão a ser ouvidos pelo Ministério Público.
© Global Imagens
País Costa de Caparica
O instrutor e aluno que pilotavam a aeronave que aterrou de emergência na praia de São João, na Costa da Caparica, vitimando mortalmente duas pessoas, são hoje ouvidos no Palácio da Justiça de Almada. A audiência estava marcada para as 9h00, porém, ao meio-dia, ainda não havia começado a inquirição pela procuradora do Ministério Público.
Alegadamente, o atraso ter-se-á prendido com perícias levadas a cabo pela Autoridade Marítima, não havendo confirmação oficial desta situação.
À chegada, nenhum dos envolvidos aceitou prestar declarações aos jornalistas, revelando desde logo não estarem também disponíveis para falarem no fim da audiência.
O piloto poderá vir a ser indiciado por dois crimes de homicídio por negligência, na sequência da morte de uma criança de oito anos e de um adulto de 56 anos. Isto, caso se venha a provar que houve violação do dever de cuidado, esclarece a SIC Notícias.
No dia do acidente, quarta-feira, os pilotos foram interrogados pela Polícia Marítima e ficaram com termo de identidade e residência, havendo dois processos a decorrer em paralelo: um judicial, a cargo do Ministério Público, e outro de natureza técnica da responsabilidade do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves.
O aparelho, um Cessna 152, estava a realizar um voo de treino no momento em que os pilotos reportaram problemas à torre de controlo, o que levou à aterragem de emergência numa praia bastante movimentada.
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