Ensino Superior. PSD apresenta hoje estratégia para a década
PSD vai apresentar um documento com a estratégia do partido para o Ensino Superior. Uma coisa é certa: O fim das propinas, ideia defendida pelo Governo, não fará parte da linha social-democrata.
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Política Documento
O PSD vai apresentar esta quarta-feira um documento referente à estratégia do partido para o Ensino Superior para uma década, numa semana marcada pela Convenção Nacional e pelo debate em torno da ideia do fim das propinas.
De sublinhar que Rui Rio já manifestou ser contra o fim da existência de propinas no Ensino Superior, tendo afirmado, numa publicação feita no Twitter, que tal significaria que “os que não andam na Universidade pública teriam de pagar pelos que a frequentam”.
E, por isso, questiona: “É esta a justiça social e fiscal deste Governo?” “A justiça social faz-se pela ação social, nunca desta forma. Assim, não vamos por bom caminho”, posiciona-se.
Em declarações à agência Lusa, Rio defendeu, ao invés da abolição das propinas, a atribuição de bolsas aos estudantes que não consigam pagar.
"A ação social não se faz abolindo as propinas, faz-se através de bolsas de estudo. Aquilo que não é justo, na minha opinião, é que seja grátis para todos, sendo pago por aqueles que não utilizam", reforçou. Para o líder do PSD, deve aplicar-se ao Ensino Superior a mesma "lógica do utilizador-pagador" quanto às portagens nas autoestradas.
"Quem passa nas estradas paga. Quem anda na universidade paga, quem não pode deve ter apoio social, para que o país permita a quem tem vontade e capacidade de andar no ensino superior o possa fazer também", referiu.
A reação do líder do PSD surgiu depois de o ministro Manuel Heitor ter defendido, durante a sua intervenção na Convenção Nacional do Ensino Superior, o fim das propinas. Uma ideia com a qual o Presidente da República também concorda.
Marcelo disse mesmo concordar "totalmente" com a ideia de se caminhar para o fim das propinas e defendeu que a educação é uma matéria de regime e não de legislatura.
Já a coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, advogou que "o caminho para o fim das propinas é absolutamente possível", e propôs que já no próximo Orçamento do Estado esteja inscrita nova descida dos valores.
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