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Portugal "viola o Direito Internacional" ao reconhecer Juan Guaidó

A crise económica, social e política que a Venezuela enfrenta tem sido notícia na última semana, em especial desde que Juan Guaidó se autoproclamou como Presidente interino do país.

Portugal "viola o Direito Internacional" ao reconhecer Juan Guaidó
Notícias ao Minuto

17:28 - 04/02/19 por Patrícia Martins Carvalho

Política Alfredo Barroso

A Venezuela atravessa um momento muito delicado, com o receio de uma guerra civil a assustar tanto os venezuelanos como a comunidade internacional.

Face a esta situação e exigindo eleições “livres e democráticas”, Juan Guaidó autoproclamou-se como Presidente interino do país, contando com o apoio de vários países, incluindo da União Europeia. A título individual, Portugal mostrou-se, esta segunda-feira, ao lado de Guaidó, reconhecendo-o como Presidente interino.

Esta posição não agradou a Alfredo Barroso que acusa a “União Europeia, Portugal incluso, de abrir contra a Venezuela um gravíssimo precedente e violar o Direito Internacional”.

Numa publicação feita na sua página de Facebook, um dos fundadores do Partido Socialista escreve que a posição assumida pelo Governo, na pessoa do ministro dos Negócios Estrangeiros, mostra que “afinal a ‘frivolidade política’ não é uma característica exclusiva do irresponsável Presidente da República que temos”, pois a mesma “já se alastrou ao Governo, ao ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva (o ‘Suslov’ do pior PS que temos) e ao primeiro-ministro António Costa, na sua irresistível caminhada para a Direita, atraído pela lógica do ‘bloco central’”.

As críticas de Alfredo Barroso chegam também além-fronteiras, uma vez que acusa a União Europeia de ser “seguidista” e de estar “intimidada pelo ‘louco furioso’ que preside aos Estados Unidos da América”.

“Terá toda esta ‘tropa fandanga’ coragem para fazer idêntico ultimato à República Popular da China, à Coreia do Norte, à Turquia, às Filipinas, à Arábia Saudita, à Hungria, à Polónia, ao Brasil e a todas as ditaduras e ‘democraduras’ que, infelizmente, ainda subsistem por esse mundo fora?”, questiona em jeito de conclusão.

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