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CDS elenca "três obrigações do esquerdista militante" que apoia o Governo

O CDS-PP apontou hoje "dizer tudo e o seu contrário", "esconder o que não for conveniente" e, caso isto não resulte, culpar o Governo anterior como as "três obrigações do esquerdista militante", apoiante do atual executivo.

CDS elenca "três obrigações do esquerdista militante" que apoia o Governo
Notícias ao Minuto

18:52 - 10/04/19 por Lusa

Política João Almeida

Nas declarações políticas de hoje foi João Almeida quem fez a intervenção pela bancada do CDS-PP, intervenção essa que começou com três citações, uma de Mário Centeno, outra de um documento da CDU e uma outra do BE.

"Três citações que facilmente seriam atribuídas a alguém que se sente nas bancadas da oposição. Acontece que todas elas foram feitas por apoiantes desta maioria de Governo, da maioria das esquerdas, e até por altos responsáveis", afirmou.

O propósito destas afirmações, segundo João Almeida, "é agradar a todos, principalmente cada um tentar agradar ao seu eleitorado, cumprindo uma cartilha que é definida em três obrigações do esquerdista militante, apoiante deste Governo".

"Dizer tudo e o seu contrário caso seja mesmo necessário, esconder o que não for conveniente e, se as duas primeiras não resultarem, é porque a culpa é do Governo anterior", elencou.

O deputado do CDS-PP tinha começado por atribuir a frase "a reversão da austeridade não foi drástica" ao ministro das Finanças, Mário Centeno, "a chamada citação para inglês ver, ou no caso, para americano, uma vez que foi feita ao Financial Times".

"A segunda citação é de um documento de propaganda da CDU, a chamada citação para comunista acreditar", disse, sendo a frase em causa "sempre que alguém se orgulha do défice, pergunta-lhe em que estado está o hospital, o autocarro, a escola ou o tribunal".

Já sobre "o Governo não quer cumprir a lei", o deputado do CDS-PP diz que é "a chamada citação para bloquista não fugir", uma tentativa do BE "dizer alguma coisa contra o Governo, para que a sua militância também continue a acreditar".

João Almeida pegou depois nos exemplos dos Estaleiros de Viana, do SIRESP, dos professores, da prioridade às alterações climáticas ou ao investimento público como casos em que o Governo assumiu uma posição inicialmente, "só que não" atuou como prometido.

"Este Governo merece oposição e merece censura", criticou.

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