A proposta do PS para englobar mais rendimentos no IRS é "injusta"
O porta-voz e deputado do CDS João Almeida considerou hoje "uma injustiça e um erro" a proposta do PS apresentada no projeto de programa eleitoral à legislativas, para englobar mais rendimentos no IRS, defendendo a redução de impostos.
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Política João Almeida
"Isso é um erro. Dificulta aquilo que é a dinamização da atividade económica em Portugal, dificulta a poupança", realçou o centrista, em declarações à agência Lusa.
João Almeida reconheceu que se trata de "uma injustiça muito grande porque os rendimentos que já foram taxados vão ser taxados outra vez.
"Estes rendimentos são rendimentos que já foram taxados como rendimentos de trabalho, que já foram taxados, eventualmente, na venda de imóveis, e, portanto, vão ser taxados outra vez", disse, explicando que "as pessoas que conseguem poupar alguma coisa do seu rendimento passarão, se esta proposta do PS [Partido Socialista] avançar mesmo, a pagar mais IRS".
No projeto de programa eleitoral para as áreas das desigualdades, o PS indicou a intenção de "promover a progressividade fiscal", combatendo as desigualdades em Portugal, com o "caminhar no sentido do englobamento dos diversos tipos de rendimentos em sede de IRS, eliminando as diferenças entre taxas".
Para o deputado democrata-cristão, o PS avançou com uma proposta no sentido de aumentar impostos, algo que é contrário àquilo que o CDS tem defendido, segundo o mesmo.
"Quando começam a circular as propostas dos vários partidos para a próxima legislatura, o Partido Socialista aparece com uma proposta que significa aumentar impostos, exatamente o contrário que o CDS tem defendido", referiu João Almeida, reiterando que "o CDS está completamente do lado oposto ao PS nesta matéria".
Segundo noticiou o jornal digital económico Eco, na sexta-feira, não é claro se a ideia do Partido Socialista é conseguir um englobamento total ou se se trata de um englobamento para rendimentos acima de um determinado valor.
O mesmo jornal relembrou ainda que, em 2018, durante os trabalhos de preparação de último Orçamento do Estado da legislatura, o Governo e o PCP negociaram uma medida de englobamento que não chegou a ficar na lei.
Na altura, a proposta dos comunistas previa que os contribuintes que no conjunto tivessem rendimentos brutos superiores a 100 mil euros passassem a ser obrigados a fazer o respetivo englobamento para efeitos de IRS.
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