"Não têm ideia o quanto as notícias falsas prejudicaram a Aliança"
Pedro Santana Lopes, fundador do partido Aliança, recorda o acidente rodoviário que sofreu antes das Europeias para lamentar "as notícias falsas" que atingiram o partido e que, acusa, partiram da "central do costume".
© Global Imagens
Política Santana Lopes
O ano que está a chegar ao fim foi de grande aposta política para Santana Lopes. Depois de ter, finalmente, criado o seu partido, o ex-social-democrata enfrentou, em 2019, os primeiros dois grandes testes: as Europeias, em maio, e as Legislativas, em outubro. Dois testes em que o Aliança não passou, ao não ter conseguido qualquer representação parlamentar.
Em jeito de balanço, Santana Lopes recorda o mediatismo do acidente rodoviário que sofreu em plena campanha para as europeias e afirma que "as pessoas não têm ideia de quanto as notícias falsas prejudicaram a ALIANÇA, logo nas Europeias e muito nas Legislativas".
Santana refere-se, no caso, ao facto de ter sido noticiado que o carro onde seguia não tinha seguro e toda a polémica relacionada com o helicóptero do INEM que o transportou para o hospital depois do acidente.
"Até hoje, não me apeteceu andar a mexer neste tema, nem ver as imagens do carro. Mas sei o que pessoas de todo o País me têm dito, por todo o lado. Outro dia, recebi pessoas com altas funções, de um Distrito do interior, que me diziam isso mesmo: 'O Sr. Dr. não faz ideia de quanto isso o prejudicou. Hoje em dia, quando um helicóptero do INEM sobrevoa as nossas terras, as pessoas dizem: lá vai o Santana'", conta.
O ex-provedor da Santa Casa ressalva que estas "não são desculpas para maus resultados" e assume os seus "defeitos" e "limitações". "Há várias razões e a responsabilidade primeira, como já disse, é obviamente, dos meus defeitos e das minhas limitações", admite, demonstrando, contudo, revolta face às ditas notícias falsas.
"Isto revoltou-me: e não foi por acaso que o fizeram. Uma pessoa vê a morte à frente, os airbags não disparam, fica uma hora encarcerada, o carro a deitar fumo quinze minutos, dores que impossibilitavam os movimentos e 'a central' do costume - que é fácil de identificar - faz chegar esta 'informação' [da falta de seguro] à imprensa", remata.
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