CDS pede "esforços mais intensos" mas com base em "todos os elementos"
O presidente do CDS-PP defendeu hoje que o Governo deve dialogar com os partidos e com várias entidades para que "os próximos esforços" face à covid-19 "sejam mais intensos", mas salientou ser importante ter "todos os elementos".
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Política Rodrigues dos Santos
No final de uma reunião com a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, em Lisboa, Francisco Rodrigues dos Santos considerou necessário "que o Governo dialogue com a oposição, mas também com todas as instituições na área da saúde, como é o caso da Ordem dos Enfermeiros, a Ordem dos Médicos, e também com as forças políticas, nomeadamente com a Proteção Civil, com as Forças Armadas para que os próximos esforços sejam mais intensos ao nível do controlo das infeções", dado que Portugal está "a bater recordes quer ao nível de infetados, quer, também, ao nível dos internamentos e ao nível da mortalidade".
"O Governo tem de convocar o país, dialogando com todos, para que cheguem a soluções de compromisso e, sobretudo, para que se tomem medidas que sejam eficazes do ponto de vista da saúde pública e que, ao mesmo tempo, compensem o efeito perverso que têm na economia", defendeu igualmente, salientando que "o objetivo tem que ser salvar vidas".
Questionado se apoiaria um confinamento mais severo, o presidente do CDS-PP realçou que "é importante" que os especialistas sejam ouvidos, lembrando de seguida que está agendada para terça-feira uma nova reunião no Infarmed sobre a evolução da pandemia, na qual ficarão à disposição dos decisores políticos "todos os elementos, os dados, relativamente ao período da quadra natalícia e às repercussões e aos efeitos que isto teve do ponto de vista da saúde pública".
"E aí, sim, devemos avaliar a situação, para tomarmos todas as medidas que sejam eficazes para conter a pandemia, para achatar esta curva", frisou, criticando que "as medidas que o Governo tem tomado não são eficazes" e que o executivo está "a correr atrás do prejuízo".
Francisco Rodrigues dos Santos considerou que os números diários de infeções pelo novo coronavírus "são assustadores e alarmantes", e reiterou que "mostram que a pandemia está absolutamente descontrolada", mas na sua ótica, "Portugal só vai dar conseguir dar uma resposta adequada à pandemia se conseguir vacinar-se contra o preconceito ideológico deste Governo".
Assim, voltou a apelar ao Governo que ponha em prática duas das propostas que o CDS-PP apresentou no âmbito do Orçamento do Estado para este ano, mas que foram rejeitadas, o "vale-farmácia", para comparticipar a compra de medicamentos pelos idosos, e a "via verde saúde", com o objetivo de recuperar as consultas, exames e cirurgias atrasadas, através da contratualização com o setor social e privado.
"O Serviço Nacional de Saúde sozinho não consegue responder a esta pandemia, e chegou ao colapso, à rutura", alertou, defendendo que "o Governo tem que andar mais depressa, tem que ser um Governo diligente, e não correr atrás do prejuízo".
Entretanto, no final do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro admitiu que na próxima semana o Governo poderá tomar medidas mais restritivas para fazer face ao aumento de contágios e adiantou que vai proceder à audição dos partidos e dos parceiros sociais.
Portugal contabiliza pelo menos 7.377 mortos associados à covid-19 em 446.606 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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