"Não há uma nesga de esperança nisto"
Prestes a completar três meses à frente da Câmara de Sintra, Basílio Horta mantém-se atento ao panorama da política nacional. Para aquele que se autodefine como democrata-cristão – com costela socialista - o Executivo peca por “falta de coragem e sensibilidade” e pela escassez de “visão” sobre o que se passa no País. Ao i, o autarca defende ainda que “não há uma nesga de esperança” quanto a este Executivo e quanto ao futuro.
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Política Basílio Horta
Austeridade. A palavra que há já mais de três anos assombra os portugueses foi, mais uma vez, criticada, mas desta feita por Basílio Horta. Ao i, o autarca de Sintra tece duras críticas ao Executivo de Pedro Passos Coelho, acusando-o de “falta de coragem e sensibilidade” para com os portugueses.
“Nos primeiros atos do Governo, quando pediu aos reformados e à Função Pública o que pede, devia dar o exemplo”, julga o autointitulado democrata-cristão, referindo-se que “já que [o Executivo] fala tanto em austeridade, devia ter começado pelo Governo, e não começou”.
Para Basílio Horta o Governo “acha que há portugueses de primeira e outros que não são de primeira”, uma vez que, critica, “há portugueses que podem ser sacrificados ao limite e outros que têm de ser poupados ao limite”.
Em entrevista ao i, o autarca refuta ainda a posição apresentada pelo socialista João Galamba que diz respeito à subida dos impostos como alternativa aos mais recentes chumbos do Tribunal Constitucional (TC). “Mais impostos sobre os mesmos, não”, avisa, defendendo que a alternativa passa por reformular “as funções do Estado, moralizando procedimentos que precisam de diminuir custos”.
“Não há uma reforma do Estado, há reformas do Estado. Se estamos à espera de uma reforma bem engendrada, podemos ficar sentados e tudo continua na mesma”, atira.
As críticas de Basílio Horta continuam e o autarca afirma que “o país não pode ser governado ao sabor de corporações nem dos interesses particulares” e que, por tal acontecer “é que chegamos onde chegamos”.
“É uma completa falta de visão do país. Não há uma nesga de esperança nisto”, conclui.
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