PRR: CDS-PP pede mais investimento nas empresas privadas
O deputado do CDS-PP João Almeida notou hoje um "desequilíbrio" entre investimento no setor público e no setor privado previstos pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), defendendo uma aposta nas empresas em vez de nas entidades ou obra públicas.
© Global Imagens
Política João Almeida
"Há um desequilíbrio entre aquilo que são apoios a atribuir a entidades públicas e a entidades privadas. Num plano desta natureza, aquilo que pode puxar pela recuperação da economia e fazer com que cresçamos mais do que nos últimos anos é potenciar a capacidade da economia privada acrescentar valor, criar emprego e ganhar competitividade", afirmou, no parlamento, após reunião com o Governo.
O ministro do Planeamento, Nelson de Souza, recebeu os partidos com assento parlamentar nos últimos dois dias para analisar o PRR e as alterações resultantes do processo de consulta e discussão públicas, confirmando ir verificar-se um maior investimento na Cultura e na Economia do Mar, designadamente em digitalização e conhecimento da plataforma marítima portuguesa, respetivamente.
"Entendemos que as duas prioridades que são agora introduzidas são importantes e o CDS reconhece que fazem sentido, quer pelo caráter estratégico, quer pelas dificuldades que tem sentido em resultado da pandemia, no caso da Cultura", continuou o deputado democrata-cristão.
João Almeida sublinhou ainda "dois grandes desafios de Portugal, no contexto da União Europeia": as transições digital e climática.
"A requalificação profissional é fundamental, num investimento para que muita gente possa continuar a ter as suas carreiras, em vários setores de atividade, e possa melhorar até a sua situação profissional. As empresas portuguesas têm uma oportunidade única para ganhar competitividade em termos de transição climática. Era importante o Governo ter priorizado o investimento nas empresas e não, mais uma vez, em entidades publicas e, muitas vezes até, em obra publica", concluiu.
O PRR, para aceder às verbas comunitárias de recuperação da crise provocada pela pandemia de covid-19, prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13,9 mil milhões de euros em subvenções.
O executivo socialista tem justificado que, "com base no diagnóstico de necessidades e dos desafios", foram definidas três "dimensões estruturantes" de aposta: a da resiliência, da transição climática e da transição digital.
No documento estão também previstos 2,7 mil milhões de euros em empréstimos, mas fonte o Governo declarou que "ainda não está assegurado" o recurso para esta vertente do Mecanismo de Recuperação e Resiliência, o principal instrumento do novo Fundo de Recuperação da União Europeia.
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