"Justiça tem tardado, mas deu um sinal de que não há cidadãos intocáveis"
Inês Sousa Real acredita que a detenção de Luís Filipe Vieira é um "sinal claro de que não há cidadãos intocáveis".
© Reinaldo Rodrigues/Global Imagens
Política Luís Filipe Vieira
"A justiça tem tardado, mas deu hoje um sinal claro de que não há cidadãos intocáveis". A afirmação é de Inês Sousa Real e surge na sequência da detenção, na quarta-feira, de Luís Filipe Vieira.
Numa publicação na rede social Twitter, a líder do PAN desejou que este seja o início "de um processo que permita ao Estado recuperar as perdas para o erário público associadas ao NB [Novo Banco] e à CGD às quais aparentemente Vieira está ligado".
O caso de Luís Filipe Vieira, atirou ainda, "só reforça o que o PAN tem vindo a defender a respeito da separação que tem de existir entre o mundo do futebol e a política, seja quanto aos órgãos sociais, seja quanto a comissões de honra e afins".
Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos no âmbito de uma investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros com prejuízos para o Estado.
Uma nota do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) indica que foram detidos um dirigente desportivo, dois empresários e um agente do futebol e realizados cerca de 45 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária, em Lisboa, Torres Vedras e Braga.
No comunicado do DCIAP, é indicado que os detidos são suspeitos de estarem envolvidos em "negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades".
Em causa, é adiantado, estão "factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente" e suscetíveis de serem "crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento".
Está previsto que os quatro detidos sejam presentes esta quinta-feira a primeiro interrogatório judicial, para a aplicação de medidas coação, "com vista a acautelar a prova, evitar ausências de arguidos e prevenir a consumação de atuações suspeitas".
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