"Vejo, dentro do PS, uma atração fatal por fazer do partido um 'BE 2.0'"
Questionado, em entrevista ao Público e à Rádio Renascença, sobre se coloca Marta Temido nesse lote mais à esquerda do PS, o ex-ministro foi taxativo: "Não sei. Não lhe conheço o pensamento político".
© Global Imagens
Política Adalberto Campos Fernandes
Adalberto Campos Fernandes analisou, em entrevista conjunta ao Público e à Rádio Renascença, publicada esta segunda-feira, o momento político que se vive, especialmente no PS, considerando que o partido não pode "abandonar" o Centro. "Sempre que abandonou o Centro, afastou-se dos portugueses".
Neste seguimento, o militante socialista e ex-ministro da Saúde, apontou que vê, mesmo dentro do PS, uma "atração fatal". "Vejo aqui e ali, mesmo dentro do PS, uma atração que eu diria às vezes mesmo uma atração fatal, um certo fascínio por fazer do PS uma espécie de 'BE 2.0' e esse não é o meu Partido Socialista e não é o de muitos milhares de militantes e muitos milhares de homens e mulheres que fazem o PS", dissertou.
Adalberto Campos Fernandes sublinhou também que o "PS é um partido europeu", que "fundou a liberdade em Portugal" e que "tem uma história de desencontro, diria até mais de desencontros do que encontros no seu passado, com algumas das soluções de que agora se quer aproximar". "A clareza é importante e eu espero sinceramente que o PS se mantenha num espaço de grande moderação", vincou.
Na mesma entrevista, e quando questionado sobre se coloca Marta Temido nesse lote mais à esquerda do PS, o ex-ministro foi taxativo: "Não sei."
Mas acrescentou: "Não lhe conheço o pensamento político e, portanto, o que tenho visto das últimas declarações que tem feito é uma afirmação mais à Esquerda, citando aliás até cantores de intervenção e autores políticos mais à Esquerda.
De recordar que, na passada segunda-feira, dia 25 de outubro, Adalberto Campos Fernandes recorreu às redes sociais para defender a realização de eleições legislativas antecipadas.
"Quando se ultrapassam todos os limites existe uma última fronteira intransponível que é a dignidade política e o sentido de Estado", começou por escrever, na altura, acrescentando: "A Democracia ganha quando se clarificam os propósitos e os caminhos. Nunca se perde com o exercício livre das escolhas democráticas."
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