Líder da JSD pede "via reformista" para retirar PS do poder
O líder da JSD pediu hoje uma "nova via reformista" protagonizada pelo PSD que substitua um Governo "situacionista, imobilista" e "paralisante" na apresentação de propostas temáticas que encerraram às 00:30 o primeiro dia do 39.Congresso do partido.
© Alexandre Poço, líder da JSD, deputado do PSD, candidato a presidente de Oeiras,
Política Alexandre Poço
Estando inicialmente previsto que a apresentação de propostas temáticas tivesse lugar durante a noite de hoje e a manhã de sábado, as 12 propostas trazidas a Congresso foram todas apresentadas nas cerca de duas horas que decorreram entre o discurso do presidente do partido, Rui Rio, e o encerramento do primeiro dia da reunião magna.
Na moção que apresentou em nome da Juventude Social-Democrata (JSD), intitulada "Tirar Portugal da 'cepa torta'", Alexandre Poço apelou a que haja "um choque" na sociedade portuguesa, e acusou o primeiro-ministro, António Costa, de "jogos de poder".
"Para romper com este modelo socialista de desenvolvimento, que faz com que toda a sociedade -- e em particular as novas gerações -- não consigam cumprir o seu projeto de vida (...) só temos uma alternativa: substituir este Governo situacionista, imobilista, paralisante, por uma nova via reformista, a alternativa protagonizada pelo PSD", indicou.
Além da moção da JSD, a maioria das restantes propostas focaram-se sobretudo no processo de descentralização atualmente em curso e em matérias referentes às distritais que representavam, acusando o Governo socialista de "olhar com desprezo" para o interior do país.
O presidente da comissão política em nome dos Autarcas Social Democratas (ASD), Hélder Sousa Silva, afirmou que os autarcas "são políticos de primeira que resolvem os problemas das suas populações" e que, "se em Portugal há políticos de segunda, esses políticos não são seguramente os autarcas".
"Os autarcas social-democratas não podem deixar de sublinhar que a descentralização administrativa (...) consensualmente assente como virtuosa, acabou por descambar num modelo impositivo e falacioso", acusou.
No mesmo sentido, o autor de uma proposta da distrital de Vila Real, Fernando Queiroga, acusou o PS de não ter sido capaz de "materializar a ambição de promover um desenvolvimento social e económico que estancasse" o "processo de diminuição populacional" no interior do país.
"Este Governo do PS enche a boca com a coesão territorial, a descentralização, mas só vos dou um exemplo: no Plano de Recuperação e Resiliência, os autarcas ainda não foram ouvidos uma única vez sobre o dinheiro que está a ser aplicado no nosso território", alegou.
Em sentido contrário, vários dos autores afirmaram que, caso o PSD forme Governo depois das eleições legislativas de 30 de janeiro, promoveria um espírito reformista, que demonstraria "como é importante reconstruir e reformar, mais do que ser resiliente e recuperar".
"Nestes dias, vamos sair daqui garantidamente com um partido capaz de rasgar a indiferença e reformar Portugal", afirmou Hugo Oliveira, membro da distrital de Leiria que apresentou uma moção intitulada "Reformar Portugal".
Representando as Mulheres Sociais-Democratas, a deputada Lina Lopes afirmou que "apenas três estruturas" do PSD "incluem mais de 30% das mulheres na sua composição".
"Aumentar o número de mulheres 1% ao ano [no Congresso] é pouco. Temos de fazer melhor", defendeu Lina Lopes, no único discurso durante o primeiro dia de Congresso em que houve uma menção a Paulo Rangel, candidato derrotado por Rui Rio nas eleições diretas que decorreram a 27 de novembro.
O 39.º Congresso do PSD começou hoje no Europarque, em Santa Maria da Feira (Aveiro), onde vai decorrer até domingo.
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