Adrião adverte que Portugal pode cair 11 posições no ranking do PIB
O dirigente socialista Daniel Adrião advertiu hoje, perante a Comissão Nacional do PS, que se Portugal mantiver o atual ritmo de crescimento, cairá 11 posições no "ranking" do Produto Interno Bruto (PIB).
© Blas Manuel / Notícias Ao Minuto
Política Daniel Adrião
Falando perante o órgão máximo partidário entre congressos, Daniel Adrião, que lidera a tendência minoritária dos socialistas, avisou que o PS, apesar de possuir maioria absoluta no parlamento, tem desafios estruturais pela frente ao longo dos próximos quatro anos e meio.
"Segundo as previsões do FMI (Fundo Monetário Internacional), até 2026, isto é, até ao final do mandato do atual governo, Portugal pode cair 11 posições no ranking mundial do PIB per capita, isto é, ser ultrapassado por 11 países. Portanto, a manter-se o atual ritmo de criação de riqueza estamos condenados a ficar comparativamente cada vez mais pobres", declarou.
Para Daniel Adrião, "o grande desafio deste Governo está, assim, no desenvolvimento económico, que permita tirar o país de um caminho que, cada vez mais, tem atirado [o país] para a cauda da Europa".
"Isto, apesar de insistentemente se afirmar que estamos a crescer mais que a média europeia. Sucede, que para recuperarmos o nosso atraso endémico, e conseguirmos efetivamente convergir, não podemos limitar-nos a crescer um pouco acima da média, temos de ter a ambição de crescer o dobro ou triplo da média europeia, porque é isso que está a acontecer com os países que mais diretamente competem connosco", apontou.
Numa crítica indireta aos governos liderados por António Costa, Daniel Adrião referiu que 2015 Portugal ocupava o 17.º lugar no ranking europeu de PIB per capita".
"Em 2021 ocupava o 21.º lugar, caindo quatro lugares, o que significa que foi ultrapassado nos últimos seis anos por quatro países do alargamento: Estónia, Lituânia, Hungria e Polónia. São agora sete os países do leste da Europa que nos ultrapassaram em termos de PIB per capita desde que aderiram à União Europeia", acrescentou.
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