"Curtas e parciais". PCP diz que medidas não respondem às necessidades
De acordo com o partido, é "urgente repor e valorizar o poder de compra dos reformados portugueses" e ainda "assegurar o controlo dos preços dos bens essenciais".
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Política medidas de apoio
O deputado do Partido Comunista Português (PCP) Bruno Dias reagiu às medidas de apoio anunciadas, esta segunda-feira, por António Costa com um apelo: "É urgente aumentar todos os salários dos trabalhadores portugueses começando pelo aumento extraordinário do salário mínimo nacional para 800 euros".
De acordo com este político, é "urgente repor e valorizar o poder de compra dos reformados portugueses" e ainda "assegurar o controlo dos preços dos bens essenciais".
Para Bruno Dias, as medidas anunciadas são "curtas e parciais" que não dão resposta às necessidades dos portugueses.
"As medidas que foram anunciadas pelo Governo são claramente curtas, parciais, não dão uma resposta estrutural aos problemas que o país enfrenta e deixam intocados os interesses dos grandes grupos económicos", defendeu o deputado Bruno Dias, na Assembleia da República, em Lisboa, em declarações aos jornalistas.
Sobre as reformas, o deputado defende que "é uma autêntica fraude".
O primeiro-ministro anunciou hoje que, em outubro, os pensionistas vão ter um pagamento extra no valor equivalente a meia pensão e, a partir de janeiro, um aumento entre 4,43% e 3,53% em função do valor da sua pensão.
Bruno Dias continuou, salientando que "aquilo que está a ser anunciado é uma prestação que tem como contrapartida uma limitação que vai impedir a atualização das pensões de reforma nos termos que a lei exige".
"Se o governo pretende desde já avançar com prestações no sentido de responder de forma mais imediata ou mais pontual, então que avance, mas de modo nenhum isso pode substituir as atualizações e os aumentos das pensões de reforma e dos salários dos portugueses e ao mesmo tempo também do controlo dos preços dos bens essenciais para fazer face à situação no país", concluiu.
"Ao ser anunciado meia pensão, se contabilizarmos o que vai ser o resultado ao longo do ano de 2023 na atualização aquém daquilo que a lei hoje prevê, olhe, podemos dizer que é uma meia pensão que nem dá para o pequeno-almoço", detalhou o deputado.
Na opinião dos comunistas "aquilo que está a acontecer neste contexto é uma perspetiva de limitação abaixo daquilo que está obrigatoriamente previsto na atualização das pensões de reforma".
Recorde-se que o primeiro-ministro, António Costa, apresentou hoje um pacote de oito medidas de apoio às famílias e empresas para combater o aumento do custo de vida.
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