Políticos (quase) unânimes sobre ataque em Lisboa. Tweets e 'comparações'
Líderes de partidos nacionais mostraram solidariedade com as famílias das vítimas, condenando o ataque. Mas houve um, André Ventura, que não alinhou pelo mesmo diapasão: "Só se preocupou consigo", considerou Pedro Filipe Soares, deputado pelo Bloco de Esquerda.
© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images
Política Ataque em Lisboa
Pedro Filipe Soares, deputado pelo Bloco de Esquerda, publicou, na rede social Twitter, uma mensagem onde mostra e 'compara' as reações dos líderes políticos portugueses ao ataque que, na terça-feira, fez dois mortos no Centro Ismaili, em Lisboa.
As condolências e o repúdio pelo ataque - assim como uma palavra à família das vitimas - foram o 'tom' das mensagens de António Costa, primeiro-ministro e líder do PS, Luís Montenegro, do PSD, Catarina Martins, do BE, Rui Rocha, da IL, Rui Tavares, do Livre, e Inês de Sousa Real, do PAN.
Contudo, um líder, André Ventura, do Chega, não 'alinhou' pelo mesmo diapasão, criticando a "política de portas abertas sem qualquer controlo" e considerando que "o sangue destas vítimas é responsabilidade do criminoso afegão".
Manifesto a minha solidariedade e pesar à comunidade ismaelita e às famílias das vítimas do ataque desta manhã no Centro Ismaili de Lisboa.
— António Costa (@antoniocostapm) March 28, 2023
Registo a pronta intervenção da @PSP_Portugal que procedeu imediatamente à detenção do suspeito.
O ataque desta manhã é um crime hediondo que a justiça deve punir exemplarmente. Manifesto a minha solidariedade e pesar às famílias das vítimas e ao Centro Ismaili de Lisboa. Cumprimento a PSP pela rápida e eficaz intervenção.
— Luís Montenegro (@LMontenegroPSD) March 28, 2023
Ainda perplexos com a notícia, condenamos veementemente o duplo assassinato ocorrido hoje no Centro Ismaelita de Lisboa, que desenvolve um trabalho imprescindível no acolhimento a refugiados. Enviamos as sentidas condolências à família das vítimas e a toda a comunidade ismaelita.
— Catarina Martins (@catarina_mart) March 28, 2023
Foi com profunda tristeza que soube do ataque fatal ocorrido hoje em Lisboa, um acto chocante que merece uma profunda condenação. Aos familiares e amigos das vítimas presto as minhas condolências.
— Rui Rocha (@ruirochaliberal) March 28, 2023
De alma e coração com a comunidade ismaelita portuguesa e com o Centro Ismaili de Lisboa, que há décadas desenvolve um trabalho ímpar humanitário, social e filantrópico. Estamos solidários com os nossos amigos, vizinhos e concidadãos para o que for necessário no apoio às vítimas.
— rui tavares (@ruitavares) March 28, 2023
Não posso deixar de expressar a minha solidariedade e pesar à famílias das vítimas do ataque de hoje e à Comunidade Ismaelita.
— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) March 28, 2023
Ainda não sabermos as motivações do ataque ocorrido e que nos deixa profundamente consternados.
A política de portas abertas sem qualquer controlo deu nisto. O sangue destas vítimas é responsabilidade do criminoso afegão, mas está nas mãos do governo de António Costa.
— André Ventura (@AndreCVentura) March 28, 2023
"Face à tragédia, todos se preocuparam com as vítimas, as suas famílias e a comunidade Ismaelita. A única exceção foi o Chega. Ventura não lhes deu uma palavra. Só se preocupou consigo", considerou Pedro Filipe Soares na rede social, acrescentando que "as imagens valem mais de mil palavras: expõem a demagogia política e o abjeto oportunismo".
Leia, em seguida, o comentário e as mensagens - como publicadas pelo parlamentar:
— Pedro Filipe Soares (@PedroFgSoares) March 29, 2023
De recordar que Abdul Bashir, um afegão que foi detido e que está hospitalizado no Curry Cabral após ter sido baleado pela polícia, matou Mariana Jadaugy, de 24 anos, e Farana Sadrudin, de 49 anos, na passada terça-feira no Centro Ismaili, em Lisboa.
Bashir terá vindo da Grécia para Portugal, depois de ter perdido a mulher num campo de refugiados naquele país. O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, confirmou que o homem, "relativamente jovem", tem três filhos menores, de 9, 7 e 4 anos. As crianças estão provisoriamente numa instituição, mantendo o contacto com a comunidade e as rotinas escolares.
Leia Também: "Obrigado". Centro Ismaili "agradece as mensagens solidárias e de apoio"
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com