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De PNS a Christine. Marques Mendes assinala "piores exemplos" na TAP

Luís Marques Mendes comentou, este domingo, as polémicas em torno da TAP, apontando seis maus exemplos.

De PNS a Christine. Marques Mendes assinala "piores exemplos" na TAP
Notícias ao Minuto

22:34 - 09/04/23 por José Miguel Pires

Política Marques Mendes

O caso da TAP é, "da Direita à Esquerda", uma "bandalheira", disse o comentador político Luís Marques Mendes, no seu espaço habitual na SIC, este domingo.

"Eu não tenho nenhuma dúvida que, ao longo dos anos, a TAP teve, em torno de si, muitas trapalhadas, muita falta de transparência, de governos do PS, de governos do PSD", disse o antigo presidente do PSD, ressalvando: "Agora, isto que se veio a saber, esta semana, na comissão parlamentar de inquérito, ultrapassa tudo."

Por isso, este é o "grau zero da política", considerou, por tratar-se de "imaturidades, mentiras, irresponsabilidades e promiscuidades".

Neste âmbito, Luís Marques Mendes resumiu os "seis piores exemplos" em torno da TAP.

Primeiro, "o mau exemplo de Pedro Nuno Santos, o maior culpado de tudo isto". Falava o comentador político do antigo ministro das Infraestruturas, que "mentiu desde o início" e que "parecia que não sabia de nada e, vem-se agora a saber, sabia de tudo, das negociações, até do valor da indemnização que ajudou a negociar". Uma situação que o deixa "fortemente afetado" politicamente.

Seguiu-se o exemplo do ex-secretário de Estado Hugo Mendes, "irresponsável" e "imaturo", porque quis mudar um voo para agradar o Presidente da República, "uma coisa nunca antes vista", e "impediu a TAP de falar com o ministério das Finanças, o que é uma ilegalidade".

Mais, Marques Mendes acusa o antigo secretário de Estado de "ajudar a TAP a escrever o esclarecimento que ele próprio pediu". "Isto é o cúmulo da promiscuidade, portanto, este homem nunca devia ter sido secretário de Estado na vida, nem diretor-geral nem coisíssima nenhuma".

Daqui, o antigo líder social-democrata passou para o ministro das Infraestruturas João Galamba, "outro exemplo de promiscuidade", porque "promoveu uma reunião secreta entre o PS e a CEO da TAP para preparar a audição parlamentar do mês de janeiro".

"Isto era como se um juiz, na véspera de um julgamento, reunisse com uma das partes. Ou então, como se um advogado, antes de um julgamento, falasse com as testemunhas. Duas coisas que são completamente proibidas", explicou.

Neste âmbito, Marques Mendes aproveitou para enviar farpas na direção do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, considerando que "não se entende", porque "gosta muito de fazer pedagogia e doutrina". "A gente espera que, nos próximos dias, passada a Páscoa, também seja capaz de fazer alguma pedagogia. Era coerente", disparou o comentador.

Seguiu-se, na lista de 'maus' exemplos da TAP, a ex-CEO, Christine Ourmières-Widener, que, "depois de demitida, criticou o Governo" e "acusou pressões políticas". "Só que, em janeiro, para segurar o lugar e o bónus de três milhões, esteve no Parlamento e omitiu estas críticas. Porque é que não falou, em janeiro, das pressões políticas? Fica a sensação de um ajuste de contas que não é muito justo nem muito honesto", considerou Marques Mendes.

Em quinto lugar, a "negligência assustadora da TAP", uma empresa que "deve estar em autogestão", porque, passado um mês da Inspeção-Geral de Finanças, "ainda não informou Alexandra Reis do valor que tem a devolver". "Tudo parece em roda livre. Ninguém põe ordem nisto", ironizou.

E, finalmente, na lista, o comentador política diz que o Governo parece ter transformado o serviço de envio de mensagens WhatsApp em "novo Diário da República". "Vem-se agora a confirmar aquilo que já se sabia, que é que o WhatsApp foi o meio pelo qual o Governo tomou decisões importantes, sensíveis e delicadas. Isto é uma falta de sentido de Estado enorme", acusou Marques Mendes, apontando uma "lei do vale tudo".

"É muito difícil haver qualquer coisa ainda pior que esta realidade que esta semana ficamos a saber em toda a dimensão. Como quem diz. Não sei se vamos ter mais casos em novas audições", vaticinou ainda o antigo líder social-democrata.

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